Advogado suspeito de deixar a mãe com dívidas de mais de R$ 300 mil é investigado pela Polícia Civil em Anápolis

Portal 6 conversou com a defesa da idosa, que detalhou como o caso foi descoberto pela família

Pedro Hara Pedro Hara -
quem recebe BPC
Dívidas teriam sido contraídas após morte do pai do suspeito. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Recentemente, o advogado Eugênio Lourenço Dias compartilhou nas redes sociais o caso de uma cliente que se endividou em mais de R$ 300 mil após o filho realizar diversas transações financeiras no nome dela.

O caso foi registrado na Delegacia do Idoso de Anápolis e ele está sendo investigado pelo artigo 102 do Estatuto do Idoso, que diz respeito a “apropriar-se ou desviar bens proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade”.

Ao Portal 6, o profissional contou a história protagonizada pelo homem, que também é professor do curso de direito em faculdades de Anápolis e Goiânia.

“Com a morte do pai dele, a mãe lhe deu uma procuração para que ele pudesse administrar os bens deixados pelo pai, acima de tudo os valores que eram depositados em duas contas bancárias”.

Além dos bens deixados pelo pai, o filho passou a administrar um imóvel que havia sido dado de herança pelo avô à mãe dele.

No entanto, tudo começou a vir a tona no final do mês de abril, quando ela pediu ao homem uma quantia em dinheiro proveniente da venda do imóvel.

“Ele respondeu para ela que não havia mais dinheiro, que estava em uma caderneta de poupança”.

Diante da situação, a mãe pediu para ver os comprovantes bancários da conta onde o dinheiro havia sido depositado, que mostrava débitos em valores exorbitantes.

Outro sinal que chamou a atenção da vítima foi a mudança no estilo de vida do filho. De acordo com Eugênio, os salários que recebia como advogado e professor eram incompatíveis com o luxo que ostentava.

“Muitas compras supérfluas entre ternos, gravatas, perfumes e relógios”. E os gastos não se limitavam apenas a ele, segundo a mãe, as namoradas também eram presenteadas e desfrutavam da vida de luxo.

“Havia também gastos excessivos com despesas com produtos femininos, entre joias, roupas, sapatos, esses presentes eram dados para as namoradas, sendo que a última se transformou em esposa”, contou Eugênio.

Após descobrir que o filho havia se casado há três meses, já que nenhum integrante da família foi convidado para a cerimônia, a mãe cassou a procuração do filho e a repassou para a outra filha.

“A partir daí passou a ser feito um levantamento junto aos bancos de tudo que ele havia movimentado”. As descobertas assustaram a família do advogado.

“Constatou-se que o dinheiro proveniente da venda do imóvel nunca ingressou em nenhuma das contas bancárias da mãe, também houve gastos com viagens, hotéis caros, finais de semana prolongados, acentuadamente nos últimos três meses, que coincidiu com o casamento”.

No entanto, a gota d’água foi quando a família se deparou com os gastos do casamento todos eles feitos nos cartões da mãe.

“O cúmulo foi a descoberta de que todas as despesas do casamento dele, lua de mel, alianças, despesas com taxas de cartório, fotógrafo e tudo mais, tinha sido custeado pelos cartões de crédito da mãe”.

O Portal 6 não conseguiu contato com o advogado.

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