Falta de local para motoristas de app pararem os carros vira problema sério em Goiânia

Condutores relatam situações perigosas e entendem prática como desrespeitosa ao andamento do trânsito

Augusto Araújo Augusto Araújo -
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Imagem ilustrativa de motorista de aplicativo. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil).

Nas ruas de Goiânia, se tornou o “novo normal” que motoristas de aplicativo parem no meio da rua, atrapalhando o trânsito, para deixar ou buscar passageiros.

Apesar de comum, a prática não passa imperceptível. São diversos os relatos de condutores e até mesmo usuários dos apps que passam por perrengues devido a essa prática.

Ao Portal 6, o comerciante Michel Rodrigues afirmou que enfrenta muitos transtornos ao entrar na garagem do prédio onde mora, no Setor Bueno.

“Acaba que o motorista para, eu paro, os carros atrás de mim também param. É algo muito inesperado e brusco, que pode ocasionar acidentes”.

Ele também apontou que entende ser um “ciclo de problemas”. Isso porque, se o condutor parar em um lugar seguro, mas longe do ponto do desembarque, ele pode acabar sendo avaliado negativamente.

Assim, o temor de tomar uma punição acaba fazendo ele parar no lugar mais confortável para o passageiro, mas que causa transtorno para o trânsito.

Já a dentista Ana Gonçalves destacou que acha essa atitude perigosa e chegou a presenciar um acidente, enquanto passava pelo setor Jardim Goiás.

“Eu acho que é uma falta de respeito o motorista parar em qualquer lugar assim. A prefeitura deveria organizar algum tipo de recuo, para que esses carros possam parar”, concluiu.

Portal 6 entrou em contato com a Prefeitura de Goiânia através da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), para saber se há algum planejamento para implementar recuos nas calçadas ou áreas específicas para desembarque de carros de aplicativo, algo que já começa a acontecer em outras cidades.

Além disso, também foi questionado como é feita a fiscalização em casos assim.

A pasta respondeu que esse tópico era pertinente à Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), repassando a demanda para ela. No entanto, a Seplanh não respondeu às tentativas de contato da reportagem.

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