Advogados suspeitos de golpe milionário são alvos de operação da PF em Goiás

Estelionato majorado, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso são os crimes sob apuração

Caio Henrique Caio Henrique -
Veículo da Polícia Federal (Foto: Divulgação)

Uma operação da Polícia Federal (PF) está no encalço de uma dupla de advogados goianos, suspeitos de cometer fraudes em aposentadorias por idade.

Intitulada Notas Fiscais Falsas II, a mobilização da PF cumpriu três mandados de busca e apreensão no município de Alexânia.

Segundo a apuração da corporação, os advogados seriam responsáveis por demandar a Justiça Federal através de ações, instruídas com documentos falsos.

O grande objetivo de toda a trama era permitir a concessão de aposentadorias especiais – por Idade Rural – a indivíduos que não preenchiam os requisitos legais do benefício previdenciário.

De acordo com um levantamento da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT), o esquema trouxe um prejuízo de mais de R$ 624 mil para os cofres públicos.

Porém, a situação poderia ter sido muito pior, caso o episódio não tivesse sido levado a público. Isso porque, seguindo a média da expectativa de vida do brasileiro, o rombo por conta do pagamento destas aposentadorias falsas ultrapassaria a casa dos R$ 3,9 milhões.

Agora, a dupla seguirá sendo investigada pelos crimes de estelionato majorado, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso.

Em nota enviada ao Portal 6, a Ordem de Advogados do Brasil (OAB) informou estar acompanhando com atenção as investigações e ressaltou que “colabora de forma irrestrita com as autoridades competentes no exercício das atribuições”.

Veja o posicionamento na íntegra:

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) informa que, a respeito da operação da Polícia Federal, deflagrada em Alexânia e no Distrito Federal nesta terça-feira (11), acompanha com atenção todas as investigações que envolvam seus profissionais, bem como colabora de forma irrestrita com as autoridades competentes no exercício de suas atribuições.

A Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP) da OAB-GO tem como regra acompanhar toda ocorrência envolvendo seus inscritos, tanto para resguardo de suas prerrogativas como para fiscalização dos deveres funcionais, com o objetivo de assegurar a plena observância dos direitos fundamentais e a garantia do acesso à justiça para todos os cidadãos.

 

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