Familiares de paciente que morreu aguardando cirurgia cardíaca vão protestar no Arraiana

Organizadora de manifestação, advogada Deborah Alencar espera conscientizar população e Prefeitura para retomada das operações

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Cláudia morreu em Anápolis à espera da realização de cirurgia que a manteria viva. (Foto: Arquivo Familiar)

Na próxima segunda-feira (31), os familiares de Cláudia Castro Macedo Alencar, paciente que morreu aguardando por uma cirurgia cardíaca em Anápolis, irão fazer um protesto em frente ao Estádio Jonas Duarte, onde será realizado o Arraiana 2023.

A advogada Deborah Alencar, que é filha da vítima e está organizando o evento junto com a amiga Paula Mello, afirmou ao Portal 6 que as movimentações vão ocorrer entre as 17h e 20h, de forma pacífica, em nome da saúde pública do município.

“É uma indignação que não é só da minha família, mas de tantas outras que também estão sofrendo com essa saúde pública caótica em Anápolis. É um absurdo que uma cidade, com quase meio milhão de habitantes, não tenha como fornecer um serviço de saúde de qualidade para a própria população”.

A advogada, destacou que a escolha do Arraiana como palco para o protesto foi motivada pela grande movimentação de pessoas que passarão pelo Jonas Duarte no dia.

Deborah apontou também que espera conscientizar a população e a Prefeitura – em especial a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) -, para que as operações cardíacas voltem a ser realizadas e tenha fim esse “descaso” na rede pública.

“Tendo a retomada das cirurgias, já fico com a sensação de dever cumprido, de que a morte da minha mãe não foi em vão e que outras pessoas conseguirão fazer a cirurgia que ela não conseguiu”, concluiu.

Até o momento, a organizadora do protesto não conseguiu contatar outras famílias que perderam parentes que dependiam das operações no coração.

Contudo, Deborah aponta que pretende mobilizar o maior número de pessoas que for possível durante a manifestação.

Movimentações na Justiça

A advogada afirmou que ainda não entrou com uma ação na Justiça contra a Prefeitura de Anápolis, por ainda se encontrar emocionalmente abalada para dar prosseguimento ao processo.

No entanto, ela indicou que irá entrar com medidas para dano moral, material e psicológico, em decorrência da forma como o Poder Público agiu em relação à mãe dela.

Assim como apontado anteriormente ao Portal 6, Deborah entende que o recurso usado pela Prefeitura é legítimo, mas que ele teria sido usado apenas para “ganhar tempo” e protelar a realização do procedimento cirúrgico.

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