Ozempic pode desenvolver uma série de doenças em pessoas saudáveis, alerta nutricionista

Ao Portal 6, especialista goiana explica as consequências para pessoas que usam o medicamento de forma indiscriminada

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Ozempic possui aval da Anvisa para tratar obesidade e sobrepeso, mas é contraindicado para pessoas saudáveis (Foto: Divulgação)

Inicialmente desenvolvido para tratar diabetes tipo 2, o uso indiscriminado do Ozempic para fins estéticos pode vir a causar a doença que foi feito para combater, assim como uma série de outras enfermidades.

O medicamento tem como princípio ativo a semaglutida, substância que imita o hormônio GLP-1 e reduz a glicose, além de diminuir o apetite e dar a sensação de saciedade, motivo da popularização recente.

Apesar de ser para diabéticos, produzido pela Novo Nordisk, o Ozempic possui aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para ser usado no tratamento contra obesidade e sobrepeso. Neste contexto, ao Portal 6, a nutricionista Rosyelem Oliveira afirmou que houve um aumento da quantidade de pessoas saudáveis que buscam perder cerca de 10 kg.

“O Ozempic só deve ser usado com prescrição médica. Pessoas que não se encaixam no perfil podem acabar prejudicando a saúde”, disse. Um rosto flácido e emagrecido está no final da lista dos problemas que o medicamento pode desencadear.

Diarreia, náusea, vômitos, constipação, refluxo e sensação de empanzinamento são os efeitos mais comuns, até com acompanhamento médico. Porém, sem a devida atenção, o paciente está sujeito a ministrar o Ozempic de forma errônea.

“Em indivíduos saudáveis que fazem o uso por um período considerável e dependendo da dosagem, ele pode causar uma alteração nos níveis de insulina”, apontou Rosyelem. Com isso, ele pode vir a produzir uma resistência à insulina e desenvolver diabetes tipo 2.

Além disso, é possível desenvolver colesterol alto, desnutrição e doenças graves como pancreatite aguda, hipertensão, reações alérgicas intensas e retinopatia (lesão nos vasos sanguíneos da retina).

“Os prós não compensam os contras para pessoas saudáveis, principalmente quando o uso ocorre sem indicação ou acompanhamento médico”, defendeu.

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