“Bombeiro gato” de Anápolis arranca suspiros e faz sucesso nas redes sociais

Lucas Nogueira conta que sempre teve o objetivo de servir ao CBM, sonho que cresceu ainda mais quando atuou na Base Aérea

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Lucas Nogueira, 30 anos, é soldado no Corpo de Bombeiros Militar (Foto: Reprodução / Instagram)

Nas redes sociais, um bombeiro de Anápolis tem feito sucesso, acumulando mais de 6 mil seguidores e centenas de curtidas a cada foto que posta.

Estamos falando do soldado Lucas Nogueira, de 30 anos, que tem se tornado cada vez mais conhecido como o “bombeiro gato”.

Em conversa com o Portal 6, o militar afirmou que não vê com maus olhos o “assédio” que acaba sofrendo dos seguidores, desde que dentro dos limites do respeito.

“Querendo ou não, acaba que chama um pouco a atenção. E tem muito dessas brincadeiras com bombeiro, de falar que ‘está pegando fogo’ e tudo mais. Mas é algo que eu acho bacana”, destacou.

Soldado Lucas Nogueira, do Corpo de Bombeiros. (Foto: Reprodução / Instagram)

Apesar de fazer sucesso pela aparência física, Lucas apontou ser uma pessoa tímida e posta apenas fotos de viagens, além de momentos no ambiente profissional.

Nesse sentido, o soldado apontou que sempre teve o objetivo de servir ao Corpo de Bombeiros Militar (CBM), sonho que cresceu ainda mais quando serviu por quatro anos na Base Aérea de Anápolis.

“Quando eu saí da Força Aérea eu já comecei a estudar e, graças a Deus, passei no concurso, em 2016”, relembrou.

Atualmente, Lucas atua na 6ª Companhia Independente Bombeiro Militar (CIBM), em Niquelândia, município no Norte de Goiás.

No entanto, ele passou boa parte da vida em Anápolis, após sair de Porangatu com apenas sete anos de idade, acompanhando a mãe, que era professora da rede estadual e se transferiu para o município.

Além de Lucas, os dois irmãos também foram juntos para a cidade, sendo que uma delas – a soldado Valeria – também ingressou no CBM e é casada com um bombeiro.

Soldado Valeria, irmã de Lucas, também integra o Corpo de Bombeiros. (Foto: Arquivo Pessoal / Lucas Nogueira)

Vida na corporação

Lucas apontou também que a rotina no Corpo de Bombeiros é bastante exigente, com diversos treinamentos, cursos e estudos para aprimoramento das técnicas.

Isso tudo além do expediente regular, que cobra muito da parte física dos militares, que devem estar sempre em boas condições.

“É muito importante para casos de salvamentos e busca por pessoas desaparecidas, por exemplo. Agora estamos na época das queimadas, então temos que ficar o dia inteiro debaixo do sol, apagando fogo. É bem desgastante”, relatou.

Além disso, o soldado aponta que a parte social acaba também sendo bem afetada, por trabalharem em escalas que muitas vezes acabam o afastando do convívio familiar.

Lucas entrou para o CBM em 2016, após ser aprovado em concurso. (Foto: Reprodução)

Contudo, o militar relembrou também de momentos que foram muito marcantes em sua passagem pelo CBM.

O que mais chamou a atenção foi um salvamento de um bebê, que Lucas realizou quando tinha acabado de entrar para a corporação.

“A criança tinha 20 dias de nascimento e tinha se engasgado com o leite da mãe. Ela nos ligou desesperada, sem saber o que fazer, e eu fui o primeiro que a atendeu”.

“Quando eu cheguei lá, o bebê já estava roxo, sem conseguir respirar. Então eu coloquei ele nos braços e apliquei a técnica da tapotagem. Logo eu vi que desceu um pouco do leite da boca e o bebê começou a chorar”.

“Eu fiz aquilo várias vezes depois, mas essa foi muito marcante para mim. Faz muito tempo, mas é sempre a primeira que me vem à cabeça, por ter conseguido salvar a vida daquela criança”, concluiu.

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