Comandante tenta unir Exército em meio a crises e prega legalismo militar
Medidas incluem um esforço para afastar a imagem de que o Exército atua fora da legalidade
CÉZAR FEITOZA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O comandante do Exército, general Tomás Paiva, enviou uma ordem interna para todos os militares com uma série de medidas para intensificar o processo de “fortalecimento da coesão” e valorização da “família militar”.
As medidas incluem um esforço para afastar a imagem de que o Exército atua fora da legalidade e, com foco nas patentes mais baixas, estudar uma proposta de aumento salarial para os militares.
A ordem fragmentária nº 1 foi assinada por Tomás em meio ao turbilhão de críticas que o Exército tem recebido pelo envolvimento das cúpulas militares no governo de Jair Bolsonaro (PL), na atuação diante dos acampamentos golpistas e na participação de membros da Força em casos de corrupção investigados pela Polícia Federal.
“Os quadros da Força devem pautar suas ações pela legalidade e legitimidade, mantendo-se coesos e conscientes das servidões da profissão militar, cujas particularidades tornam os direitos e os deveres do cidadão fardado diferentes daqueles dos demais segmentos da sociedade”, escreve Tomás no início do documento, em trecho que analisa o cenário atual.
A situação do Exército, prossegue o texto, apresenta a necessidade de consolidar o “sentimento de pertencimento” dos militares à Força e a necessidade de melhorar a comunicação diante do “desconhecimento, por parte da sociedade, das ações desenvolvidas pela Força Terrestre”.