Terreiro de Umbanda em Aparecida de Goiânia denuncia estar sendo alvo de intolerância e perseguição

Situação chegou a tal ponto que foram despejados da casa que alugavam, tendo então que buscar por um novo local

Samuel Leão Samuel Leão -
Terreiro de Aparecida de Goiânia relata casos de intolerância religiosa e pede ajuda para mudança de local. (Foto: Reprodução/Instagram)

O Terreiro Luz de Nazmabi, um centro de prática da Umbanda que existe desde 1960, vem sendo alvo de intolerância religiosa e perseguição. A situação vem se agravando nos últimos dias, chegando ao ponto de receberem visita da Secretaria de Meio Ambiente (SEMMA) após denúncia, mesmo em um dia que não estavam tendo trabalhos.

A casa, que começou em Trindade e agora funciona em Aparecida de Goiânia, já está na quarta geração e conta com 146 filhos de santo, que são os praticantes iniciados, e recebe, em média, 200 pessoas nas cerimônias abertas.

Ao Portal 6, a mãe Aibrya, que coordena o local juntamente com o pai Pablo, bisneto da fundadora, relatou que a perseguição sofrida por eles tem chegado à níveis alarmantes.

“Fizeram um abaixo assinado para sairmos daqui, além de ter ocorrido um incêndio muito suspeito no lote ao nosso lado. Tem uma igreja aqui na frente que para os filhos de santo e tentam convertê-los e colocam músicas altas para atrapalhar nossos encontros. Já tentaram nos denunciar até para o conselho tutelar”, revelou.

Ela disse que, desde que uma vizinha iniciou com o abaixo assinado, as pessoas se sentiram encorajadas para abordá-los na rua ou passar na porta gritando e mandando buscarem Deus. A perseguição chegou a tal ponto que a imobiliária que aluga a casa foi procurada e decidiu despejá-los.

“Mais urgente que a intolerância, é o fechamento do terreiro, em poucos dias vamos perder nossa casa. Fazemos benzimentos gratuitos às quartas-feiras e temos o Projeto Amélia, que leva atividades, doações e comidas para diferentes regiões da cidade”, desabafou.

Diversos famosos e páginas, como Léo de Oxóssi, Umbanda Mil Grau e a própria Federação de Umbanda e Candomblé (FUCEG) estão prestando apoio.

Diante dos fatos e da própria pressão, eles decidiram se mudar. De acordo com os cálculos, foi estipulado o valor de R$ 250 mil, necessário para conseguir um novo local, fazer as mudanças e adaptações necessárias. Para contribuir, basta acessar a vaquinha pelo link.

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