Cliente descobre que advogado o enganava por três anos e situação vira caso de polícia, em Goiânia

Vínculo entre envolvidos teria surgido em 2020 por conta de uma ação revisional

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Imagem mostra 4º Delegacia Distrital de Polícia Civil do Estado de Goiás. (Foto: Reprodução)

A falta de respostas em relação a um processo judicial que corre há três anos, serviu de estopim para que um cliente, de 47, se revoltasse e cobrasse o advogado, de 28, responsável pelo caso. No entanto, a ação desencadeou uma briga e virou caso de polícia, em Goiânia. O episódio ocorreu na quinta-feira (07).

O vínculo entre os envolvidos teve início em 2020, após a vítima contratar o profissional para cuidar de um processo sobre uma ação revisional de financiamento de um terreno, que está no nome da mãe dele.

Em depoimento, ele alegou que a genitora já teria pago cerca de 25 parcelas do imóvel, mas teria sido orientada pelo advogado a interromper o pagamento sob o argumento de que ele agiria para baixar o valor delas.

Entretanto, durante todos os anos, tanto o cliente quanto a família seguiram sem informações sobre o andamento do processo e passaram a suspeitar de que a situação não estava correta. Foi então que o caso ganhou uma reviravolta.

Ao consultar um outro advogado, o homem foi informado de que o processo jamais existiu e que não havia nenhuma ação envolvendo o nome dos familiares – fato que causou temor na vítima, uma vez que a mãe podia ter perdido o imóvel.

Já ciente da situação, a vítima tentou, por mais de um ano, entrar em contato com o advogado, mas não obteve resposta ou era surpreendido com a promessa de que teria um parecer em breve.

Indignado com a falta de compromisso do profissional, o cliente decidiu marcar um horário com o suspeito no nome da esposa e ir até o escritório na companhia de um amigo dele.

Chegando no local, ao questionar o suposto autor sobre o processo, ele afirmou ter sido agredido com um soco no rosto, além de ter machucado a mão direita, o braço esquerdo e ter a camisa rasgada.

Depois do ocorrido, a Polícia Militar (PM) foi acionada e orientou a vítima a procurar uma delegacia da Polícia Civil (PC) para denunciar o ocorrido.

Na presença das autoridades, a vítima ainda alegou se sentir ameaçado, uma vez que o advogado afirmou que iria “lhe pegar”.

Ele também manifestou ter interesse em comparecer no Instituto Médico Legal (IML) para ser submetido ao exame do corpo de delito e que pretende representar contra o profissional junto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

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