Entenda como estão procedimentos cirúrgicos em Goiânia 13 dias após paralisação de anestesistas

Dívida de R$ 27 milhões da SMS a instituição que era responsável por fornecer médicos ainda não foi renegociada

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Médicos em operação. (Foto: Arquivo pessoal/José Fernandes)

Mesmo após treze dias da decisão de suspensão, os atendimentos de médicos anestesiologistas da rede pública municipal e conveniada do Sistema Único de Saúde (SUS) seguem sendo mantidos em Goiânia.

A paralisação começou no dia 05 de janeiro e partiu da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (COOPANEST-GO) – instituição que era responsável por fornecer os profissionais.

A motivação teria sido a inexistência de um contrato entre o órgão e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a ausência do pagamento de uma dívida de cerca de R$ 27 milhões destinada ao salário dos servidores.

Para tentar sanar a crise, a SMS optou por romper com os médicos associados da COOPANEST e fazer novas contratações de anestesistas. As captações ocorreram por meio de negociações comandadas por cada unidade hospitalar.

“Em nenhum momento houve a suspensão completa de procedimentos por conta do movimento de paralisação de anestesistas, mas de alguns casos eletivos”, disse a SMS.

Por outro lado, o impasse em relação à dívida com a Cooperativa ainda segue sendo um dilema sem desfecho e acordo entre os órgãos.

Segundo a COOPANEST, o contrato entre as partes teve o prazo encerrado no dia 29 de janeiro de 2021. Na época, um aditivo foi feito e prorrogou a prestação de serviços até 31 de janeiro de 2022.

A instituição afirma que a administração municipal fez um novo contrato emergencial, que se encerrou no dia 31 de janeiro de 2023.

Desde então, a companhia afirma ter lidado com a ausência de um contrato, além de não ter recebido os pagamentos acordados por parte da cooperativa, o que ocasionou na paralisação dos serviços.

Em contrapartida, em nota enviada anteriormente ao Portal 6, a SMS afirmou que foram repassados R$ 13 milhões à cooperativa ao longo do ano de 2023 e que os valores cobrados pelo órgão não correspondem ao valor mencionado.

Agora, a SMS afirma que já solicitou ao órgão um descritivo do montante e que está fazendo o levantamento dos valores para o prosseguimento das negociações.

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