Pai procura a polícia após filhinha de 3 anos morrer esperando transferência em Goiânia

Em meio a uma grave crise de falta de ar e outros sintomas, criança teria sido medicada apenas com dipirona

Caio Henrique Caio Henrique -
Fachada do Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (CIAMS) Urias Magalhães. (Foto: Jackson Rodrigues)

Um pai, de 37 anos, procurou a Polícia Civil (PC) de Goiânia, nesta quinta-feira (07), após a filhinha, de apenas 03 anos, falecer em um dos Centros Integrados de Atenção Médico Sanitária (CIAMS) da capital.

Segundo ele, a saúde da pequena apresentou uma piora ainda no dia 29 de fevereiro. À época, ela passou mal com sintomas gripais e foi levada até o Cais de Campinas.

Na unidade, a criança foi medicada e liberada a retornar para casa pouco tempo depois. Contudo, teria voltado a se sentir mal na terça-feira (05), quando teve uma crise de falta de ar.

O responsável, então, a levou para o CIAMS do Setor Urias Magalhães – onde teriam se iniciado os problemas. Isso porque o pai teria sido informado que, na unidade, não havia estrutura adequada para o atendimento infantil.

Entretanto, o estado grave da situação também não permitiu uma mudança para outra unidade básica e, por conta disso, a menor seguiu internada lá, esperando por uma vaga em hospital.

Infelizmente, o quadro piorou e ela veio a falecer. Diante da fatalidade, a família procurou as autoridades por suspeita de negligência médica, já que – segundo eles – a própria equipe teria admitido só ter medicado a pequena com dipirona, para abaixar a febre, enquanto aguardavam uma liberação para transferência.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia se manifestou a respeito do ocorrido. Confira:

A Secretaria Municipal de Saúde lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com os familiares . Informa que está levantando todas as informações as respeito do caso. Dados preliminares são de que a criança recebeu todos o suporte no Ciams Urias Magalhães durante o processo de disponibilização da vaga para em unidade de saúde de maior complexidade. Um processo administrativo será aberto para verificar se houve falha no atendimento na rede municipal.

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