Colégio militar proíbe casais do mesmo sexo de dançarem quadrilha em festa junina
Toda a repercussão negativa levou à intervenção da Defensoria Pública do Distrito Federal
O Colégio Militar Dom Pedro II, em Brasília, está no centro de uma polêmica após a divulgação de um documento que proíbe que duas pessoas do mesmo gênero formem par para as apresentações de festa junina deste ano.
A medida, considerada por alguns como discriminatória, foi prontamente denunciada por estudantes à Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF).
No texto do documento, o colégio enfatiza a importância das festividades juninas para valorizar a cultura e a tradição brasileira.
No entanto, uma das cláusulas que mais gerou controvérsia é aquela que orienta os coordenadores a organizarem coreografias solo em caso de desigualdade de gênero em uma turma.
Diretriz foi interpretada por alguns como uma restrição injusta e discriminatória contra alunos do mesmo gênero que desejem dançar juntos.
Além disso, o documento estabelece outras diretrizes, como horários, vestimentas e temáticas específicas que devem ser abordadas durante as apresentações das turmas dos 1º, 2º e 3º anos.
Essas regras, embora tenham sido propostas com a intenção de garantir a organização e o respeito às tradições, acabaram causando um debate acalorado sobre inclusão e igualdade de gênero dentro da instituição de ensino.
A repercussão negativa levou à intervenção da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), que está investigando a legalidade e a constitucionalidade das medidas adotadas pelo colégio.