Estudo aponta o que a primeira letra do seu nome diz sobre você

De acordo com cientistas, isso pode ser um fator determinante até para a escolha de uma profissão

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro -
Estudo aponta o que a primeira letra do seu nome diz sobre você
(Foto: Ilustração/ Pexels/ Andrea Piacquadio)

Você pode até achar que não tem nada a ver, mas o nome é algo muito importante para determinar o seu destino.

Existe uma expressão em latim que afirma “o nome é um presságio” (Nomen est omen).

De acordo com estudos mais recentes, uma pesquisa publicada na revista Journal of Personality and Social Psychology aparentemente confirmou esse provérbio.

Baseados na hipótese do “determinismo nominativo”, cientistas da Universidade de Utah analisaram se a primeira letra do nome é capaz de determinar a trajetória das pessoas.

E por incrível que pareça, as conclusões foram incríveis.

Descubra o que a primeira letra do seu nome reserva para seu destino 

A ideia é que haja uma conexão peculiar entre o nome de batismo e a profissão que o indivíduo escolhe para sua vida, ou até mesmo a cidade em que decide morar.

Sem perceber, as pessoas dariam preferência às opções que possuem a mesma inicial.

Para o estudo, os cientistas colocaram em prática técnicas de processamento de linguagem natural. E você deve estar se perguntando o que é isso.

Bom, nada mais é que a utilização de algoritmos de palavras, treinados pela análise do grande volume de dados em fontes como a plataforma X (ex-Twitter), a Google News, Google Books e o extenso banco de dados Common Crawl.

Anteriormente, alguns estudos já haviam dado indícios de determinismo nominativo. No entanto, por se tratar de algo um tanto quanto subjetivo, sofreram críticas por ser limitado a poucas profissões e nomes.

Atualmente a pesquisa envolveu mais de 3.400 nomes do banco de dados da Administração de Seguridade Social dos Estados Unidos, 508 profissões e 14.856 cidades.

Dennis, o dentista de Denver

Depois de um tempo estudando o determinismo, os cientistas concluíram que, estatisticamente, alguém chamado Dennis tenderá, de fato, mais a ser dentista do que advogado, ou a viver em Denver, em vez de Cleveland, por exemplo.

Este fenômeno pode estar relacionado ao que os pesquisadores denominam “egoísmo implícito”.

Essa característica foi tratada como uma tendência humana de serem positivos com elementos relacionados a si mesmo, como as letras do próprio nome.

Ao que tudo indica, essa atração do nome não se reflete apenas em decisões pontuais, mas também a longo prazo.

Além disso, varia entre os gêneros: enquanto os homens exibem um padrão consistente há décadas, as mulheres apresentavam muito menos determinismo nominativo no passado.

Por isso, esse efeito foi aumentando à medida que elas ganharam mais liberdade para definir suas carreiras e, consequentemente, os destinos.

Por outro lado, enquanto as mulheres demostram preferência pela primeira letra do nome, os homens tendem a ser mais favoráveis ao seu sobrenome.

Uma explicação possível é a antiga tradição de que elas normalmente mudavam o sobrenome ao se casarem, enquanto em princípio manterão o nome de batismo por toda a vida.

Brincadeira que virou ciência

A hipótese do determinismo nominativo foi lançada no ano de 1994.

De um jeito inusitado e em tom de brincadeira, a revista New Scientist, começou a notar que certos estudos científicos eram realizados por pesquisadores com nomes apropriados – como o livro sobre exploração polar de um certo Daniel Snowman (“homem da neve”), ou o urologista de sobrenome Weedon (“to have a wee” é “fazer xixi”).

O psicólogo Carl Gustav Jung, já acreditava na ideia de que há uma tendência de ser atraído por profissões que combinam como o nome.

Um exemplo, ele elegeu o pai da psicanálise, Sigmund Freud: Freude é “alegria” em alemão.

Mais além do que sugerem os pesquisadores de Utah, certas referências dos meios de comunicação também reforçam indiretamente a hipótese do determinismo nominativo, o que pode não se tratar de apenas uma mera coincidência.

Um exemplo real seria o atleta Usain Bolt (bolt significa “raio” em inglês), ou a apresentadora da meteorologia Sarah Blizzard, cujo sobrenome quer dizer “nevasca”.

Na prática, o determinismo nominativo tem um efeito relativamente limitado: a maioria das pessoas não tem a chance de escolher a profissão nem de viver na cidade que começa pela primeira letra do nome.

Mas a noção de que um componente pré-determinado pode influenciar em decisões importantes da vida, acrescenta uma dimensão intrigante à noção de destino e até mesmo à nossa identidade.

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