Cabo da Rotam acusado de assassinar motorista de ambulância que voltava da missa vai a júri popular em Corumbá de Goiás

Tudo teria ocorrido devido a uma briga de trânsito, por razões ainda não esclarecidas

Samuel Leão Samuel Leão -
Vítima foi alvejada na garagem da própria casa. (Foto: Reprodução)

Acusado de ter perseguido Fabiano Araújo Costa, de 44 anos, de Pirenópolis até Corumbá de Goiás e então disparar 17 vezes contra a casa da vítima – provocando também a morte dele na garagem – um cabo da equipe de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) irá a júri popular pelo na próxima quarta-feira (21). O caso aconteceu dia 23 de fevereiro de 2020 e, desde então, o suspeito responde em liberdade.

A execução teria ocorrido devido a uma briga de trânsito, por razões ainda não esclarecidas. O homem, que voltava de uma missa no domingo de carnaval, era motorista de ambulância e não tinha passagens pela polícia. Ele estava em um GM Onix no momento do crime.

Já o cabo, identificado como Daniel Calado da Silva, trafegava em um veículo de luxo de modelo BMW e cor vermelha, do qual teria efetuado os vários disparos contra a casa da vítima, causando diversos danos ao carro da mesma e também marcando as paredes. Na ocasião, a irmã do motorista de ambulância, Cristiane Araújo, estava no imóvel e ouviu tudo.

Ao Portal 6, ela falou sobre a expectativa de resolução do caso através do júri popular, e também relembrou a índole do irmão, apontado como trabalhador e sem histórico de confusões.

“As pessoas falam sobre ter medo, mas eu não tenho medo não. Espero que, finalmente, por meio do júri, o caso tenha um desfecho e ele pague pelo que fez. Não só eu, mas alguns vizinhos também escutaram os tiros, foi um susto para todos, e para mim uma terrível perda, pois acabei me deparando com meu irmão baleado na garagem”, desabafou.

Ele acompanhou as etapas do processo atentamente, aguardando pelo momento de se sentar no Fórum de Corumbá de Goiás, situado no bairro Alto Boa Vista, e presenciar o fim do caso. Vale lembrar que, ao se apresentar espontaneamente na Central de Flagrantes de Anápolis, para prestar depoimento, o cabo optou por permanecer calado. Ao invés de levar um advogado, ele levou como companhia o tenente superior do batalhão dele.

Fórum de Corumbá de Goiás. (Foto: Google)

“Na época, fui atrás de todas as câmeras da região, e assim descobrimos que ele acompanhou meu irmão por cerca de 30 km, em uma perseguição mesmo. Ele só parou quando chegou na porta da nossa casa, e aí atirou várias vezes. Olha que perigo, um homem desses não pode andar livremente por aí, principalmente armado”, complementou ela.

O motorista de ambulância, responsável por tantos resgates ao longo da carreira, sequer teve a chance de receber socorro, morrendo na garagem da própria casa. Segundo as investigações, os tiros partiram de uma pistola de 9mm, mesmo modelo utilizado pelo policial.

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