Italiano Carlo Ancelotti é o novo técnico da seleção brasileira
CBF divulgou acerto logo após derrota do Real Madrid para o Barcelona


SÃO PAULO, SP, MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – O italiano Carlo Ancelotti é o novo técnico da seleção brasileira. O anúncio foi feito pela CBF em seu site oficial na manhã desta segunda-feira (12).
O anúncio ocorre logo após a derrota do Real Madrid, atual time de Ancelotti, para o Barcelona por 4 a 3, pela LaLiga. A seleção brasileira estava sem técnico desde a saída de Dorival Jr., em 28 de março.
Ele não é o primeiro estrangeiro a comandar a seleção. Antes dele, vieram Ramón Platero (Uruguai, 1925), Joreca (Portugal, 1944) e Filpo Nuñez (Argentina, 1945).
Para contar com o atual técnico do Real Madrid no final das Eliminatórias e, sobretudo, na disputa da Copa do Mundo de 2026, a entidade topou oferecer um salário de R$ 60 milhões anuais –R$ 5 milhões por mês, bem próximo do que ele ganha atualmente no clube espanhol–, quase do dobro do que recebia Tite, comandante do Brasil nos Mundiais de 2022 e 2018.
Isso deve posicionar Ancelotti, aos 65 anos, como o profissional mais bem pago entre aqueles que comandam seleções. Atualmente, o maior salário pertence ao alemão Thomas Tuchel, que fatura R$ 3,1 milhões por mês para comandar a Inglaterra. O argentino Mauricio Pochettino aparece em segundo na lista, com R$ 2,8 milhões mensais à frente da equipe dos Estados Unidos. Os vencimentos dos dois foram revelados pelos jornais The Sun e The Athletic.
É prevista, ainda, uma cláusula de aumento automático de 20% em sua remuneração caso a seleção seja semifinalista do próximo mundial.
Ancelotti reúne qualidades que aproximam seu perfil ao de um CEO de alto desempenho: exerce liderança com discrição e autoridade, sabe gerir talentos com inteligência emocional e promove estabilidade em seu grupo de trabalho mesmo sob alta pressão.
Seu currículo possui feitos como ser o único técnico com quatro títulos da Champions League, duas pelo Milan e duas pelo Real Madrid. Conquistou troféus nacionais nas cinco principais ligas da Europa -Itália (Milan), Inglaterra (Chelsea), França (PSG), Alemanha (Bayern) e Espanha (Real Madrid)- e soma mais de 25 taças, incluindo Copas nacionais e Supercopas.
O italiano é reconhecidamente um profissional capaz de extrair o potencial máximo de seus atletas, com uma abordagem que combina gestão de elenco e adaptações no desenho do time. Ele não é do tipo que tem apego a esquemas táticos. Em vez disso, dá confiança para seus atletas e busca adaptar suas ideias ao estilo de jogo dos comandados.
Sob seu comando, quatro jogadores alcançaram a Bola de Ouro: o ucraniano Shevchenko (2004, Milan), o brasileiro Kaká (2007, Milan), o português Cristiano Ronaldo (2014, Real Madrid) e o francês Benzema (2022, Real Madrid).
Muito mais do que problemas dentro de campo -com sucessivos fracassos nas últimas Copas do Mundo desde sua já distante última conquista, em 2002, além de uma fraca campanha nas Eliminatórias para o Mundial de 2026 (ocupa a quarta posição, a dez pontos da líder Argentina)-, a seleção sofre com a gestão caótica da CBF.