Naquela mesa… não está mais o nosso pai
Quem já perdeu um pai sabe que é uma dor que não tem medida. A gente se acostuma com a ausência, mas nunca com a saudade

Hoje faz exatamente um ano que o meu pai partiu. Um baiano arretado, desses que carregavam a sanfona no peito e um sorriso no rosto. Viveu 76 anos cheios de histórias, de música. Tocava desde os quatro anos de idade — e posso dizer, sem exagero, que a sanfona era como uma extensão da alma dele.
Quem já perdeu um pai sabe que é uma dor que não tem medida. A gente se acostuma com a ausência, mas nunca com a saudade. Hoje bate mais forte. Eu e minha irmã fizemos uma homenagem simples, mas carregada de emoção: cantamos juntos a música “Naquela Mesa”, eternizada por Nelson Gonçalves. Porque cada verso dessa canção fala exatamente da ausência que sentimos, daquele silêncio que antes era música.
Essa homenagem é para lembrar que meu pai não foi só o sanfoneiro talentoso que animava qualquer roda. Ele foi o meu PAI, e vou seguir honrando com minha caminhada, com meus valores e com tudo que ele me ensinou.
Hoje, a sanfona dele está em silêncio. Mas a música que ele deixou segue viva nos nossos corações. E na mesa onde ele sentava, ainda ecoa a lembrança de sua risada e seu jeito único de fazer tudo virar canção.
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E a quem ainda tem o privilégio de viver com seus pais— ou quer viver com mais propósito —, deixo quatro aprendizados que carrego comigo:
1) “Honre seu pai e sua mãe”;
2) Cuide bem das suas escolhas;
3) Valorize os relacionamentos;
4) Nunca desperdice seu tempo.
No fim, é isso que define o nosso verdadeiro legado.