Esquema sofisticado criado por grupo em Goiás movimentou mais de R$ 164 milhões

Pelo menos 33 mandados de prisão temporária, 43 de busca e apreensão, sequestro de 32 imóveis e bloqueio de R$ 112 milhões

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Mandados judiciais foram cumpridosna megaoperação. (Foto: Divulgação/PC)
Mandados judiciais foram cumpridosna megaoperação. (Foto: Divulgação/PC)

Pelo menos 33 mandados de prisão temporária, 43 de busca e apreensão, sequestro de 32 imóveis e bloqueio de R$ 112 milhões. Estes foram os resultados da Operação Deep Hunt, cumprida nesta quinta-feira (10), pela Polícia Civil (PC).

As medidas judiciais foram cumpridas em seis cidades goianas, incluindo Goiânia, Aparecida de Goiânia, Goianira, Senador Canedo, Abadiânia e Estrela do Norte, além de Rio de Janeiro (RJ) e Distrito Federal (DF) e mobilizou 180 policiais.

Segundo a delegada titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), Bárbara Buttini, os alvos foram membros de uma organização criminosa especializada em roubo de dados bancários de vítimas em Goiás.

De acordo com ela, o grupo enviava criptoativos a carteiras virtuais usadas em sites da dark web, onde eram vendidos cartões de crédito clonados e meios para criá-los fisicamente.

“Essas plataformas onlines vendiam cartões de créditos clonados e dumps de cartão de crédito, que é a trilha magnética de cartão para que você possa clonar um cartão fisicamente”, disse a delegada

Cerca de 180 policiais foram mobilizados para a megaoperação. (Foto: Divulgação/PC)

Cerca de 180 policiais foram mobilizados para a megaoperação. (Foto: Divulgação/PC)

A organização criminosa também comercializava informações sensíveis de vítimas, que poderiam ser utilizadas para aplicar fraudes, criação de sites falsos, cédulas de moedas estrangeiras e até assinatura de autoridades policiais.

Além disso, também eram criados softwares para falsificação de documentos públicos e particulares, e programas próprios para geração de cartões falsos.

“Com isso, os investigados geraram e movimentaram uma riqueza de R$ 164 milhões”, continuou a delegada.

Para ocultar o dinheiro, os suspeitos colocavam criavam pessoas jurídicas, empresas de fachada e faziam transações falsas, como forma de justificar o aumento exponencial de capital.

Agora, os envolvidos devem ser autuados pelos crimes de furto eletrônico mediante a utilização de servidor fora o território nacional, associação criminosa, lavagem de dinheiro mediante ativo virtual, falsificação de documento público e particular, e invasão de dispositivo de informática.

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