Mãe detalha decisão injusta que beneficia pai ausente e revolta web
Ela, que tem arcado com tudo sozinha, desabafa: “genitores ausentes, que não cumprem com suas obrigações, são respaldados juridicamente”


Um relato de uma mãe publicado pela advogada e mestre em Direito Miriane Ferreira, especialista em Direito de Família, tem gerado grande repercussão nas redes sociais nos últimos dias devido tamanha injustiça.
No vídeo, uma genitora compartilha sua luta solitária pela criação da filha e questiona decisões judiciais que, segundo ela, favorecem o genitor ausente, em razão do bem-estar da criança e da sobrecarga enfrentada pelas mães solo.
Segundo a mulher, que não foi identificada pela advogada, o pai da menina esteve presente fisicamente com a filha apenas três vezes, desde o nascimento da criança.
Apesar da ausência, ele percorre diferentes cidades do Brasil participando de retiros espirituais, congressos e eventos diversos. No entanto, quando o assunto é assumir a paternidade na prática, a justificativa é sempre a mesma: instabilidade financeira.
Ainda assim, o homem ingressou com uma ação judicial pedindo guarda compartilhada e o direito de participar das decisões sobre a vida da filha, mesmo desconhecendo informações básicas como a escola onde a menina estuda ou o horário das aulas.
A mãe, que tem arcado sozinha com todos os cuidados, desabafa sobre a injustiça: “genitores ausentes, que não cumprem com suas obrigações, nem com o mínimo, são respaldados juridicamente, e a mãe exerce todas as responsabilidades”.
Outro ponto que causou indignação foi o fato de o pai ter conseguido, por meio de decisão judicial, um prazo estendido para “organizar-se financeiramente” antes de começar a pagar a pensão alimentícia da filha. Segundo a mãe, esse tipo de decisão ignora a realidade das mulheres que, mesmo diante de dificuldades, não têm o “privilégio” de adiar suas responsabilidades. “Se a mãe não pagar o necessário, a criança não come, não veste, não vive”, afirmou.
A frase que mais repercutiu foi uma crítica direta à forma como o sistema jurídico trata casos como esse: “O genitor ausente tem todos os direitos, mas não tem responsabilidades”. O vídeo ganha ainda mais força por destacar que a juíza responsável pelo caso era uma mulher, o que para muitos internautas reforça o quanto o machismo estrutural é real.
Assista!
Siga o Portal 6 no Instagram @portal6noticias e fique por dentro de todas as notícias e curiosidades!