Casos de sequestro e assassinato em Anápolis expõem riscos de marcar encontros com desconhecidos por aplicativos

Crimes recentes mostram que, mesmo comuns, encontros virtuais exigem cuidados e atenção à segurança

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Casos de sequestro e assassinato em Anápolis expõem riscos de marcar encontros com desconhecidos por aplicativos
Nos dois casos, o ponto em comum foi o encontro marcado por aplicativos. (Imagens: Reprodução/Arquivo/Portal 6)

Encontros marcados pela internet, seja por aplicativos de relacionamento ou pelas redes sociais, exigem atenção redobrada. A recomendação é do especialista em cibersegurança Lucieliton Mundim, diante de casos recentes em Anápolis que acenderam o alerta.

Um deles envolveu o sequestro de um homem após marcar um encontro pelo Grindr — aplicativo voltado ao público gay. Outro caso terminou de forma ainda mais trágica: o assassinato de uma garota de programa, com o contato feito pelo Instagram.

Apesar de reconhecer que a maioria das interações nesses ambientes ocorre sem grandes problemas, Lucieliton destaca que as exceções são perigosas e devem ser tratadas com seriedade. “A gente tem que, sim, tomar cuidado com as exceções”, alertou ao Portal 6.

Pesquisar é essencial

O primeiro conselho do especialista é simples: faça uma pesquisa sobre quem está do outro lado da tela. “Gaste um tempo para verificar se ela é quem diz ser nas redes sociais”, recomenda. Chamadas de vídeo, comentários públicos e até uma busca no Google ajudam a identificar perfis suspeitos.

Se, logo nas primeiras conversas, surgir um pedido de dinheiro ou promessa de benefício financeiro, é sinal de alerta. “Já acende uma luz vermelha”, afirma.

Combine em locais públicos

Na hora de marcar o encontro, a regra é clara: prefira locais públicos e movimentados, como shoppings ou cafeterias. Além disso, Lucieliton recomenda sempre avisar alguém de confiança. “Contextualize. Não esconda isso das outras pessoas”, orienta.

Outro ponto importante é evitar distrações quando houver consumo de bebidas alcoólicas. “Não tire o olho do copo”, alerta, lembrando os casos de golpes com o uso de substâncias como o “boa noite Cinderela”.

Situações de risco

Além da violência física, o especialista lembra que golpes financeiros são comuns. “O celular hoje é um caixa eletrônico”, diz Lucieliton. Um momento de descuido pode resultar em prejuízos sérios.

Ele também orienta: se a pessoa que aparece no encontro não for a mesma das fotos, o ideal é cancelar imediatamente. “É por isso que locais públicos são os mais indicados, para você conseguir sair com segurança”.

Receber alguém desconhecido em casa — ou ir até a casa de alguém — é fortemente desaconselhado. “É um perigo muito grande porque a pessoa já vai saber onde você mora”, destaca.

Com cuidado, dá certo

Lucieliton reforça que os encontros por aplicativos podem, sim, render boas histórias. “Conheço muitos casos positivos. Pessoas que se encontraram, se casaram, estão muito bem. Mas, antes, elas tomaram esses cuidados”, conclui.

Lucieliton Mundim é especialista em cybersegurança. (Foto: Arquivo pessoal)

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