6 nomes femininos tradicionais das décadas passadas que estão cada vez mais raros

Segundo levantamento da Arpen-Brasil e análises dos dados do IBGE, alguns nomes que já foram extremamente populares hoje aparecem com pouquíssimas ou nenhuma ocorrência entre os recém-nascidos

Gabriella Licia Gabriella Licia -
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Avó segurando mão de bebê. (Foto: Ilustração/Pexels)

Ao longo das últimas décadas, o gosto dos brasileiros por nomes femininos passou por uma grande transformação. Os nomes mais modernos, curtos e internacionais vêm ganhando espaço nos registros civis, enquanto muitos nomes clássicos, que marcaram gerações de avós e bisavós, estão desaparecendo dos cartórios.

Segundo levantamento da Arpen-Brasil e análises cruzadas com os dados do IBGE, alguns nomes que já foram extremamente populares hoje aparecem com pouquíssimas ou nenhuma ocorrência entre os recém-nascidos.

Essa tendência revela não apenas a mudança de estilo da sociedade, mas também a memória afetiva que certas escolhas carregam.

Abaixo, listamos seis nomes femininos tradicionais que estão cada vez mais raros no Brasil, com seus significados, origens e a média de utilizações atuais.

1. Celestina

Este é um termo que remete ao celestial, ao divino, àquilo que pertence ao céu. Sua origem é latina, derivada da palavra caelestis, que significa “celeste” ou “do céu”.

Apesar da força espiritual e do som delicado, o nome caiu em desuso. Em 2024, os registros indicam pouco mais de 4.800 pessoas vivas com esse nome no Brasil, e os novos registros representam menos de 0,3% por década desde os anos 1930.

2. Clotilde

Este carrega um significado forte: “famosa na batalha”. Sua origem é germânica, vinda da junção dos elementos hlūd (fama) e hild (batalha).

Era um nome comum em famílias tradicionais e foi muito utilizado nas décadas de 1930 a 1950. Hoje, restam cerca de 9.100 pessoas com esse nome no país, e os registros de nascimentos praticamente cessaram nas últimas décadas.

3. Delfina

De origem grega e também associada ao latim, pode significar tanto “mulher do sul” quanto “relacionada ao mar”, evocando também o animal símbolo da inteligência e da leveza: o golfinho.

Em tempos passados, era uma escolha comum para meninas em famílias que valorizavam nomes sofisticados. Atualmente, menos de 5.500 pessoas têm esse nome no Brasil, e a taxa de novos registros é extremamente baixa, girando em torno de 0,2%.

4. Alzira

O quarto na lista de nomes femininos é Alzira, que é de uma origem possivelmente árabe ou berbere, sendo associada a significados como “a princesa” ou “a que brilha entre as pessoas”.

Foi um nome marcante em décadas passadas, mas em 2024 já não consta entre os nomes com registros expressivos. Não há dados exatos disponíveis nos rankings públicos mais recentes, mas sua presença entre os recém-nascidos é praticamente nula.

5. Teresinha

O quinto da lista de nomes femininos é o diminutivo de Teresa, termo cuja origem é discutida entre o grego e o latim, com possíveis significados como “a que colhe” ou “mulher da terra”.

Em sua versão diminutiva, o nome fez muito sucesso nas décadas de 1940 e 1950, sendo muito comum entre avós brasileiras. No entanto, nos últimos anos desapareceu dos registros civis, segundo dados da Arpen-Brasil, que não identificou novas ocorrências relevantes até 2024.

6. Nelza

O sexto é um título menos conhecido, provavelmente uma criação moderna derivada de nomes como Nelcy, Nelsa ou Anelza. Sua origem exata é incerta, podendo ter variações regionais, mas era comum em cidades do interior na metade do século passado.

Em 2024, trata-se de um nome praticamente extinto entre os bebês brasileiros, sem presença registrada nas bases consultadas.

Esses nomes mostram como a memória afetiva e a tradição convivem com o dinamismo da linguagem e da cultura. Ainda que hoje estejam em desuso, carregam histórias, simbologias e raízes que continuam vivas nas lembranças de quem os carrega.

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