Caoa celebra marco histórico em Anápolis enquanto tarifaço de Trump acende alerta na indústria

Produção de 200 mil SUVs mostra força da montadora, mas cenário externo traz incertezas ao setor automotivo local

Samuel Leão Samuel Leão -
Fábrica da Caoa em Anápolis. (Foto: Divulgação/Caoa)
Fábrica da Caoa em Anápolis. (Foto: Divulgação/Caoa)

O feito da Caoa em Anápolis, 200 mil SUVs produzidos desde 2017, celebrados no início deste mês de agosto, marca um ponto alto na história recente da indústria automotiva nacional.

Representado pelo modelo Tiggo 8 PRO, esse marco não apenas reforça o desempenho da montadora no mercado brasileiro, como também consolida a posição estratégica da fábrica goiana.

A planta, localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), ocupa 208 mil m² e emprega mais de 6 mil profissionais. A estrutura moderna, aliada à posição central do estado de Goiás, permite uma operação logística eficiente e nacionalizada.

Além disso, a empresa vem reforçando sua atuação com foco em inovação, atendimento e veículos alinhados ao gosto do consumidor brasileiro.

No entanto, o crescimento da Caoa ocorre no mesmo momento em que um novo fator de risco se impõe sobre a indústria anapolina: o tarifaço dos Estados Unidos.

Estudo da Acia revela risco de até 1.600 demissões no setor automotivo

O estudo da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia), divulgado no Portal 6 neste fim de semana, aponta que a imposição parcial de tarifas comerciais por parte do governo norte-americano, mesmo com a retirada de alguns itens da lista, ainda mantém sobretaxas sobre produtos com maior valor agregado e tecnologia embarcada — o que afeta diretamente segmentos da indústria metalúrgica e automotiva.

A estimativa da entidade é de que o setor automotivo da cidade possa registrar perdas de faturamento entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões ao ano.

Além disso, até 1.600 empregos diretos estão sob risco de serem extintos, em função da retração econômica causada pelas novas tarifas.

Impacto total para indústria de Anápolis pode ultrapassar R$ 310 milhões

O levantamento mostra ainda que o impacto total para a indústria de Anápolis pode ultrapassar R$ 310 milhões anuais, considerando também as perdas indiretas, com efeito cascata sobre transportadoras, fornecedores, comércio, alimentação e serviços.

A planta da Caoa não foi citada diretamente no estudo, mas o alerta serve como sinal da vulnerabilidade a que estão expostas até mesmo empresas bem posicionadas no mercado interno.

Para a Acia, a resposta a esse cenário deve incluir articulação diplomática com o governo federal, diversificação dos mercados de exportação e políticas de incentivo à competitividade das indústrias locais.

Câmara de Anápolis retoma sessões com oposição a Marcio desmobilizada

As sessões da Câmara Municipal de Anápolis retornam nesta segunda-feira (04), às 09h30, após o recesso de julho.

Como a maioria dos vereadores já aderiu à base do prefeito Márcio Corrêa (PL), dos 23 parlamentares, apenas três “correm por fora”, dois tentando uma atuação mais incisiva na oposição e outro em ritmo menos combativo.

Alego bate recorde de gastos na folha salarial

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) contava com 5.129 cargos comissionados em janeiro, número que aumentou ao longo de 2025 e alcançou 5.372 em junho.

Esse foi o maior número de comissionados da história da Alego, representando um acréscimo de R$ 10,9 milhões na folha salarial entre janeiro e junho de 2025.

MPGO arquiva denúncia contra clínica de recuperação em Nova Veneza

O Ministério Público de Goiás (MPGO) arquivou uma denúncia sobre possível internação forçada em uma clínica terapêutica em Nova Veneza. A suspeita era de que um homem estivesse na unidade sem ordem judicial ou laudo médico, o que poderia configurar cárcere privado.

A Vigilância Sanitária Estadual chegou a identificar um acolhido que afirmou estar ali contra a vontade, mas, em nova vistoria, o suposto paciente já não estava mais na unidade. Sem provas de irregularidades atuais ou identificação do denunciante, que era anônimo, o MPGO concluiu que não havia elementos suficientes para seguir com a investigação

Nota 10 

Para o Sindicato Rural de Anápolis, pela realização da Expoana 2025, que contou com artistas de alto nível e atraiu dezenas de milhares de anapolinos.

Nota Zero

Para a Prefeitura de Goiânia por até hoje não ter feito nada para combater as pichações no Centro de Goiânia, principalmente nos prédios de Art déco da Avenida Anhanguera.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

PublicidadePublicidade