Jogos do Goiás entram na mira de esquema de manipulação de resultados
Foco do esquema foi em jogos da Série A de 2022, com destaque para partidas envolvendo o time goianiense

Na última etapa da Operação Penalidade Máxima, o Ministério Público de Goiás (MPGO) apresentou condenações em um esquema de manipulação de resultados de jogos de futebol que envolveu times da Série A do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Gaúcho. A investigação, realizada em três fases, revelou o envolvimento de jogadores e criminosos que manipulavam o desempenho das equipes para lucro nas apostas.
O foco do esquema foi em jogos da Série A de 2022, com destaque para partidas envolvendo o time goianiense. Entre elas, Goiás x Juventude, no dia 05 de novembro de 2022, e Fluminense x Goiás, em 09 de novembro de 2022. Além disso, as investigações também envolveram outros times da Série A, como Santos, Avaí, Cuiabá e Fluminense. A manipulação afetou a integridade das competições e gerou grandes prejuízos ao esporte e aos torcedores.
A Justiça condenou os réus Romário Hugo dos Santos, Thiago Chambó Andrade e Bruno Lopez de Moura. Romário, ex-jogador, foi identificado como o financiador do esquema e condenado a 22 anos e 10 meses de prisão.
Bruno, que colaborou com as investigações, recebeu 19 anos de reclusão. Já Thiago, o operador financeiro do grupo, foi condenado a 5 anos e 9 meses. Além das penas, os réus terão de pagar R$ 2 milhões em danos morais coletivos.
A operação não parou por aí, com a quarta fase resultando em 23 pessoas denunciadas, incluindo jogadores, dirigentes e outros envolvidos. As acusações incluem corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, além de um total de R$ 3,8 milhões solicitados como indenização por dano moral coletivo.