O que é a síndrome de Alice no País das Maravilhas? Entenda o distúrbio que altera a percepção de tamanho e forma dos objetos
Conheça um pouco sobre uma condição neurológica rara que provoca mudanças inesperadas e tem preocupado cientistas

Você já ouviu falar da síndrome de Alice no País das Maravilhas? Pois trata-se de uma condição neurológica rara que altera a percepção de tamanho, forma e proporção dos objetos que provoca episódios estranhos na parte da noite, principalmente. Cientistas explicam que pessoas que sofrem com o distúrbio de Alice podem perceber objetos próximos como gigantes ou distantes como minúsculos. O nome curioso faz referência à obra de Lewis Carroll, em que a narrativa mostra que protagonista vivencia transformações físicas inesperadas dentro de um mundo surpreendente.
Os episódios da síndrome geralmente duram poucos minutos, mas podem gerar desconforto e confusão. Sintomas incluem distorções visuais, alterações na percepção do próprio corpo e, em alguns casos, sensação de movimento acelerado ou desacelerado. Embora incomum, a condição pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente em crianças e adolescentes.
O que é a síndrome de Alice no País das Maravilhas? Entenda o distúrbio que altera a percepção de tamanho e forma dos objetos
A causa exata da síndrome ainda não é completamente conhecida pela ciência médica. Estudos de pesquisadores do assunto apontam para alterações temporárias em áreas do cérebro responsáveis pela percepção visual e espacial. Infecções virais, enxaquecas e predisposição genética podem contribuir para o surgimento do distúrbio, embora nem todos os casos apresentem esses fatores.
O diagnóstico geralmente é feito por meio de avaliação clínica detalhada e histórico médico. Exames neurológicos e de imagem ajudam a descartar outras condições. Apesar de os sintomas serem muitas vezes assustadores, a síndrome de Alice raramente causa danos permanentes e os episódios tendem a diminuir com o tempo, segundo os médicos.
“A percepção não é um processo passivo de meramente ver, ouvir, sentir, provar ou cheirar”, afirma Moheb Costandi, neurocientista e escritor de Londres que discute a síndrome de Alice no País das Maravilhas no seu livro Body Am I (“Corpo sou eu”, em tradução literal) em entrevista para a BBC.
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“Trata-se de um processo ativo”, explica Moheb. “O cérebro age mediante os estímulos sensoriais que recebe, com base nas nossas experiências e inclinações do passado. A forma como percebemos as coisas influencia como agimos e a forma como agimos influencia o que percebemos.”
Para conviver com a síndrome, especialistas recomendam acompanhamento médico, controle de enxaquecas quando presentes e registro dos episódios para melhor compreensão. Estratégias de relaxamento e redução de estresse também podem ajudar a minimizar o impacto dos sintomas. Com orientação adequada, a qualidade de vida pode ser mantida mesmo diante do distúrbio.
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