Conhecido nacionalmente pelas placas polêmicas, Padre Toninho é denunciado por humilhar funcionária em Anápolis: “nega fedorenta”

Filhos da vítima também eram chamados de “vira lata”. Além do religioso, Madre Laura foi denunciada por acusar injustamente a família de furto

Samuel Leão Samuel Leão -
Conhecido nacionalmente pelas placas polêmicas, Padre Toninho é denunciado por humilhar funcionária em Anápolis: “nega fedorenta”
Padre Toninho, figura polêmica de Anápolis. (Foto: Montagem)

Divino Antônio Lopes, o Padre Toninho, conhecido em todo o país pelas placas de teor radical como “A bebida alcoólica é urina do capeta” e “A mulher que usa roupa curta, transparente e decotada, é amiga de Satanás”, agora enfrenta uma denúncia por injúria racial.

O Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do promotor Brendo Teófilo Emanuel Rocha, apresentou acusação contra ele e contra Gerenice de Jesus Costa, a Madre Laura. Segundo a denúncia, ambos são responsabilizados por ofensas raciais contra uma funcionária e seus filhos. No caso da religiosa, pesa também a acusação de denunciação caluniosa.

O episódio teria ocorrido em setembro de 2023, mas só em 2025 ganhou novos desdobramentos judiciais. Conforme os autos, no Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima — onde a vítima trabalhava — ela foi chamada de “nega fedorenta”, enquanto seus filhos eram xingados de “vira-lata”. Depoimentos apontam que os insultos eram repetidos com frequência.

Além disso, Madre Laura é acusada de registrar, de forma deliberadamente falsa, uma ocorrência policial contra a mulher e sua família, atribuindo-lhes um furto de fios elétricos. O MPGO sustenta que a religiosa tinha plena ciência da inocência das vítimas e que sua atitude teria sido motivada pela intenção de não quitar os valores devidos pelos serviços prestados.

A trajetória do religioso

A história de “Padre Toninho” é marcada por polêmicas. Em 2001, ele foi oficialmente desligado da Diocese de Anápolis após uma série de conflitos com a Igreja Católica e, em especial, com o bispo Dom Manoel Pestana Filho, já falecido.

Mesmo afastado, seguiu pregando, criando novas células religiosas e conquistando seguidores fiéis. Sua atuação conservadora e radical segue refletida nas placas que, ao longo dos anos, viralizaram nas ruas e nas redes sociais.

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Samuel Leão

Samuel Leão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás, com passagens por veículos como Tribuna do Planalto e Diário do Estado. É mestrando em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado pela Universidade Estadual de Goiás. Passou pela coluna Rápidas. Atualmente, é repórter especial do Portal 6.

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