Na véspera de se reunir com Netanyahu, Trump fala em ‘algo especial’ nas negociações de paz em Gaza
Na última sexta-feira, Trump disse que as negociações sobre Gaza com países do Oriente Médio estavam intensas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste domingo (28) que existe “uma chance real de grandeza no Oriente Médio”, sem dar detalhes ou estipular um prazo, poucos dias depois de afirmar que estava perto de fechar um acordo para encerrar a guerra em Gaza.
“Temos uma chance real de grandeza no Oriente Médio. Todos estão engajados em algo especial, pela primeira vez. Vamos conseguir”, escreveu ele em uma publicação na Truth Social.
Segundo autoridades do governo, Trump se reunirá nesta segunda-feira (29), na Casa Branca, com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, com o objetivo de avançar em um esboço de acordo.
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Na última sexta-feira, Trump disse que as negociações sobre Gaza com países do Oriente Médio estavam intensas e que tanto Israel quanto os militantes do Hamas tinham ciência das conversas, que, segundo ele, continuariam pelo tempo necessário.
O rei Abdullah da Jordânia também afirmou neste domingo que muitos detalhes do plano do presidente dos Estados Unidos para encerrar a guerra em Gaza “estão em linha com o que já foi acordado”, informou a agência estatal jordaniana.Ele não deu mais detalhes sobre o próprio plano nem explicou o que ele envolve.
Em paralelo a visita do primeiro-ministro israelense, um porta-voz da Embaixada dos EUA em Israel disse que o embaixador Mike Huckabee viajará ao Egito para encontros com autoridades do país como parte das consultas diplomáticas regulares realizadas entre embaixadas dos EUA na região.
O Egito está entre os países que atuam como mediadores entre Israel e o Hamas.
No sábado, o Hamas afirmou que ainda não recebeu nova proposta de mediadores internacionais. A declaração veio após o jornal israelense Haaretz citar fontes segundo as quais o Hamas havia concordado, em princípio, em libertar todos os reféns israelenses que mantém em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos e da retirada gradual das tropas israelenses, conforme o plano de Trump.
Segundo o Haaretz, a proposta também incluía o fim do governo do Hamas em Gaza e o compromisso de Israel em não anexar o território nem expulsar os palestinos que ali vivem.
“Não foi apresentado nenhum plano ao Hamas”, disse à agência de notícias Reuters um dirigente do grupo que pediu para não ser identificado.