“Faz” ou “fazem dez anos”? Saiba qual é o certo
O português tem suas particularidades, e essa construção segue uma regra específica que vale a pena entender de uma vez por todas

A Língua portuguesa está cheia de expressões que geram dúvidas até mesmo em quem escreve bem.
E uma das mais comuns é saber se o certo é dizer “faz dez anos” ou “fazem dez anos”.
Essa dúvida é típica porque, à primeira vista, o número parece pedir o plural.
No entanto, o português tem suas particularidades, e essa construção segue uma regra específica que vale a pena entender de uma vez por todas.
“Faz” ou “fazem dez anos”? Saiba qual é o certo
De acordo com o português, a forma correta é “faz dez anos”.
Isso porque o verbo “fazer”, quando usado para indicar tempo decorrido, é impessoal.
Em outras palavras, ele não tem sujeito. E se não há sujeito, o verbo deve ficar sempre no singular.
Portanto, o certo é dizer: “Faz dez anos que nos conhecemos” ou “Faz muito tempo que não o vejo”.
Mesmo que o tempo seja grande — dez, vinte ou cem anos —, o verbo continua no singular.
Quando usar “fazem”
Mas então, o verbo “fazem” nunca é usado?
No português, ele é usado sim, mas em outros contextos, quando o verbo “fazer” tem sujeito. Por exemplo:
– Eles fazem muito barulho.
– Os alunos fazem a lição de casa.
– As crianças fazem bagunça.
Nesses casos, o verbo concorda com o sujeito (eles, os alunos, as crianças).
Mas quando se trata de tempo, não há sujeito definido, e o verbo fica no singular: “faz”.
Exemplos para entender melhor
Para não errar mais, observe os exemplos abaixo:
– Correto: Faz três meses que ele se mudou.
– Incorreto: Fazem três meses que ele se mudou.
– Correto: Faz anos que não como isso.
– Incorreto: Fazem anos que não como isso.
A forma singular é a única aceita pela gramática do português nesses casos.
Por que o erro é tão comum
A confusão acontece porque muita gente associa o número ao verbo e pensa que deve haver concordância.
No entanto, quando falamos de tempo decorrido, o verbo “fazer” funciona como uma expressão impessoal, assim como “há” e “vai”.
Por exemplo, também dizemos “há dez anos” e não “hão dez anos”.
Essas estruturas mostram como o português tem suas próprias lógicas, e entendê-las ajuda a escrever e falar com mais segurança.
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