Crimes brutais e alta notoriedade: quem são os presos que passaram por Tremembé

Dentro dos muros, já estiveram artistas, políticos, empresários e até assassinos que chocaram país

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Crimes brutais e alta notoriedade: quem são os presos que passaram por Tremembé
Imagem mostra P2 de Tremembé, em São Paulo. (Foto: Divulgação/ Sap)

Formado por cinco unidades prisionais, o Complexo de Tremembé, localizado em São Paulo (SP), já abrigou alguns dos nomes mais conhecidos — e controversos — do Brasil.

Dentro dos muros, já estiveram artistas, políticos, empresários e até assassinos que chocaram o país pela brutalidade dos crimes cometidos e pela repercussão nacional.

O ambiente é composto por três alas masculinas e duas femininas. A mais conhecida é a Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, também chamada de P2 de Tremembé.

Construído em 1948, o espaço passou a receber os chamados “presos especiais” em 2002, logo após a desativação do Complexo do Carandiru. A decisão foi tomada pela Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo.

Sem a ala especial antes existente no Carandiru, os presos que cometiam crimes de grande repercussão nacional corriam risco de vida ao serem colocados em celas comuns.

Segundo o jornalista, escritor e roteirista Ulisses Campbell, autor dos livros que inspiraram a série Tremembé, o local abriga, em grande parte, pessoas que cometeram crimes brutais contra membros da própria família.

Devido à brutalidade e à repercussão nacional desses casos, muitos desses detentos não conseguiriam sobreviver em uma penitenciária comum.

Entre os nomes que já passaram pelo local estão: Suzane von Richthofen, condenada pelo assassinato dos próprios pais; Daniel e Cristian Cravinhos, que participaram do crime; Elize Matsunaga, que matou e esquartejou o ex-marido; e Alexandre Nardoni, condenado pelo assassinato da filha Isabella Nardoni, de 05 anos.

Além deles, também estiveram no complexo Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni (2008), e Sandra Regina Ruiz, conhecida como “Sandrão”, condenada por sequestrar e matar o filho da vizinha.

Atualmente, permanece no local Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de prisão por estuprar 37 mulheres. Ele cumpre pena em cela individual e recebe acompanhamento médico.

O ex-jogador Robinho, condenado por estupro, também está detido na Penitenciária II de Tremembé desde março de 2024, onde cumpre pena de nove anos em regime fechado. Ele será um dos personagens da segunda temporada da série, cuja data de lançamento ainda não foi divulgada.

Robinho não tem direito a saídas temporárias e deve permanecer em regime fechado por, pelo menos, três anos e meio antes de poder pleitear progressão ao semiaberto, caso cumpra os requisitos legais.

Lindemberg Alves, condenado a 39 anos pelo assassinato da ex-namorada Eloá Pimentel em 2008, atualmente cumpre pena em regime semiaberto. Ele progrediu de regime em junho de 2021, após decisão judicial com base no bom comportamento e no cumprimento de parte da pena. Como detento do semiaberto, tem direito a saídas temporárias e já usufruiu do benefício, inclusive em setembro de 2025.

Rotina em Tremembé

Embora a série apresente Tremembé como um destino “almejado” por alguns presos, o complexo possui a estrutura de uma penitenciária comum, com celas simples, refeitórios e pátios para banho de sol.

Os detentos cumprem rotinas rígidas: acordam cedo, participam de atividades obrigatórias e, em alguns casos, trabalham dentro das unidades em funções como cozinha, limpeza e confecção.

Outro diferencial é a reputação do local no que diz respeito à disciplina — fator que contribui para a fama de ser o destino escolhido para presos de grande repercussão nacional.

Veja o vídeo: 

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Gabriella Pinheiro

Gabriella Pinheiro

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, está sempre atenta aos temas que impactam o dia a dia da população. Começou como estagiária no Portal 6 e, com dedicação e olhar apurado, chegou à editoria. Tem interesse especial na prestação de serviços, mas não dispensa uma boa reportagem ou uma história bem contada.

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