Brasileira conseguiu transformar salário de R$ 1 mil em negócio de R$ 4,5 milhões

Uma escolha bem difícil acabou mudando completamente o rumo de uma marca criada quase sem recursos

Magno Oliver Magno Oliver -
Brasileira conseguiu transformar salário de R$ 1 mil em negócio de R$ 4,5 milhões
(Foto: Reprodução / Insânia)

Em um mercado de moda cada vez mais competitivo, a mineira Stephanie Carvalho construiu uma trajetória que chama atenção pela combinação de identidade, estratégia digital e relacionamento com o público.

Fundada em Belo Horizonte, em 2019, a Insania, marca especializada em vestidos longos, nasceu quando a empreendedora ganhava pouco mais de R$ 1 mil por mês e decidiu investir parte do salário na compra de tecidos para criar suas próprias peças. O negócio começou pequeno, com vendas em feiras e produção artesanal, ao lado do noivo, Lucas Daros, hoje sócio da empresa.

Os primeiros anos foram marcados por tentativas e ajustes. Antes de se firmar no ambiente digital, o casal chegou a apostar em uma loja física, que fechou em menos de três meses.

O revés, no entanto, ajudou a definir o rumo da marca. Ao abandonar a revenda de roupas e focar em uma linha autoral de vestidos longos, a Insania encontrou seu diferencial. A primeira coleção, inspirada nas raízes mineiras de Stephanie, trouxe peças batizadas com nomes de cidades históricas, reforçando a identidade da marca desde o início.

A pandemia, que ameaçou muitos pequenos negócios, acabou acelerando o crescimento da Insania. Em poucos meses de 2020, o faturamento saltou de vendas pontuais para mais de R$ 100 mil mensais, impulsionado pelo e-commerce e pelas redes sociais.

O crescimento levou Lucas a deixar o outro negócio que mantinha para se dedicar integralmente à empresa. Em 2023, a marca faturou R$ 2,5 milhões e entrou para o ranking EXAME Negócios em Expansão, consolidando-se entre as empresas de destaque na faixa de receita intermediária.

Hoje, a Insania aposta na experiência como principal ativo. Cada vestido acompanha uma carta escrita à mão e é pensado para gerar impacto visual e emocional. A estratégia deu resultado: cerca de 50% das vendas vêm de clientes recorrentes, algumas com dezenas de peças no guarda-roupa.

Com um showroom em Belo Horizonte e vendas concentradas no digital, a marca fechou 2024 com faturamento de R$ 4,5 milhões e projeta chegar a R$ 7 milhões em 2025, mantendo o foco em crescimento online, fortalecimento da comunidade e expansão gradual da produção.

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Magno Oliver

Magno Oliver

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Escreve para o Portal 6 desde julho de 2023.

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