Depois de quase ser morta pelo namorado, jovem o beija no julgamento e diz que a culpa foi dela

Cena do caso que escandalizou até o promotor da cidade voltou a viralizar nas redes sociais como polêmica

Gabriella Licia Gabriella Licia -

Imagens de um chocante caso voltaram a repercutir nas redes sociais nesta semana. Nelas, uma jovem aparece beijando o companheiro durante o júri, em que ele estava sendo acusado por atirar na “amada”.

O caso aconteceu em 2019. Lisandro, de 28 anos, e Micheli, de 25, namoravam há algum tempo. No dia 14 de agosto começaram a discutir por ciúmes em uma praça, na cidade de Venâncio Aires (RS).

No meio do bate-boca, ele deixou a moça com alguns amigos e saiu para buscar uma arma. Quando voltou, disparou contra a companheira sete vezes. Ela foi atingida por cinco tiros, que acertaram a cabeça, ombros e braços.

A vítima foi socorrida de imediato e levada para um hospital. Devido à gravidade das lesões, precisou passar por vários procedimentos cirúrgicos.

O que chama atenção é que, mesmo após se recuperar da violênca, Micheli sustenta que a culpa de tudo que aconteceu é dela, uma vez que eu o rapaz nunca teria a agredido se ela não tivesse provocado.

No momento do julgamento, que aconteceu no início deste ano, Lisandro estava sendo acusado de tentativa de feminicídio.

A moça estava presente e pediu para dar um beijo nele. O pedido foi negado, mas isso não a atrapalhou. No meio de todos, se levantou e o agarrou.

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“Perdoei porque o amo”, afirmou Micheli.

Lisandro foi condenado a sete anos em regime semiaberto, cinco pela tentativa de feminicídio e dois pelo porte ilegal de arma.

Ele fará uso de tornozeleira eletrônica devido à falta de vagas para presos do regime semiaberto em Venâncio Aires.

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Lisandro durante o juri/ Foto: Reprodução

Para o promotor Pedro Rui, é muito comum a vítima se colocar a favor do agressor em casos de violência doméstica. No entanto, nunca tinha visto a vítima reagindo desta maneira em uma tentativa de feminicídio.

“Se fosse um caso de agressões mais leves, eu até tentaria interpretar diferente”, ponderou.

“Era um quadro de ciúme doentio de ambas as partes, e de violência. Ela teve uma sorte incrível. Apesar de ter sido atingida com cinco tiros, todos efetuados pelas costas, e de as balas ainda estarem alojadas no seu corpo, hoje está ilesa, sem sequer uma sequela”, detalhou o representante do Ministério Público.

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