TSE decide que padre de Anápolis “curado do PT” não deve mais pagar multa
Genésio Lamunier Ramos foi processado pela coligação do então candidato Antônio Gomide

O ministro Sergio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a extinção da multa imposta ao padre Genésio Lamunier Ramos por suposta propaganda eleitoral durante uma missa em outubro de 2020.
Na ocasião, o religioso fez críticas ao PT e ao então candidato do partido à Prefeitura de Anápolis, Antônio Gomide.
À época, o pároco afirmou que votou por mais de dez anos em candidatos petistas, mas foi “curado”. Ele ainda disse que “o Gomide nunca fez uma autocrítica e nunca admitiu que Anápolis também recebeu verbas de corrupção, porque ele é do partido da corrupção”.
Leia também
Padre Genésio foi processado pela coligação ‘A Força do Trabalho’, encabeçada pelo PT, que pediu que ele fosse multado por propaganda eleitoral irregular, uma vez que a legislação veda esse tipo de prática em templos religiosos.
O juiz Carlos Limongi o condenou a pagar R$ 2 mil de multa, embora a coligação e o Ministério Público tenham pedido R$ 8 mil.
A defesa do padre foi ao TSE e alegou que a declaração dele, embora ácida, está dentro dos limites da liberdade de expressão. “Ele não fez campanha para candidato A ou B”, frisou o advogado Wandir Allan.
Ainda cabe recurso ao plenário da decisão monocrática do ministro Sergio Banhos.