Sister Hong: tudo que se sabe sobre o escândalo do chinês que fingia ser mulher para fazer sexo com homens casados e gravar vídeos

Vestido como mulher, com peruca, maquiagem, filtros e voz alterada, ele atraía as vítimas para encontros íntimos e gravava os vídeos sem consentimento

Gabriella Licia Gabriella Licia -
Sister Hong
(Foto: Reprodução)

O caso envolvendo um homem de 38 anos que fingia ser mulher para atrair homens casados e filmar encontros sexuais sem consentimento causou choque e indignação na China e em diversos países.

Identificado como Jiao, o suspeito ficou conhecido nas redes como “Sister Hong” e foi preso no último dia 09 de julho, na cidade de Nanquim, após semanas de investigação.

Como ele agia

Segundo o Departamento de Segurança Pública de Nanquim, Jiao usava perucas, maquiagem, filtros de imagem e software de modulação de voz para se apresentar como uma mulher divorciada em aplicativos de relacionamento.

Com isso, marcava encontros com homens, geralmente em seu próprio apartamento, e gravava secretamente as relações sexuais.

As filmagens, feitas sem o conhecimento das vítimas, eram posteriormente vendidas em grupos fechados na internet por cerca de 150 yuan (aproximadamente R$ 116).

O escândalo veio à tona depois que centenas de homens passaram a ser expostos nas redes sociais por meio de montagens e vídeos vazados, o que gerou forte comoção pública, rompimentos conjugais e ataques virtuais às vítimas.

Em alguns casos, namoradas e esposas dos envolvidos chegaram a gravar vídeos ou transmissões ao vivo confrontando os parceiros com as imagens.

A polícia, no entanto, desmentiu informações falsas que circularam, como o número de 1.691 vítimas, a suposta infecção proposital por HIV e o envolvimento de um homem de 60 anos.

Gravidade do caso aumentou com ela filmando sem consentimento. (Foto: Reprodução)

O que pode acontecer

Durante os encontros, o suspeito não pedia dinheiro, mas aceitava presentes simples como frutas, leite, óleo e até melancia.

A escolha por não solicitar pagamentos diretos estaria ligada à tentativa de evitar enquadramento por prostituição, o que ainda está sendo avaliado pelas autoridades.

O Departamento de Segurança Pública informou que Jiao foi detido inicialmente sob acusação de divulgação de material obsceno.

De acordo com especialistas jurídicos chineses, ele poderá responder por até sete crimes graves, incluindo violação de privacidade e pornografia, podendo ser condenado a até 10 anos de prisão, dependendo da quantidade de material produzido e do lucro obtido.

Sister Hong foi preso no último dia 09 de julho. (Foto: Reprodução)

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