Israel cada vez mais isolado: Veja quais países reconhecem oficialmente o Estado Palestino

Mais de 150 nações já oficializaram apoio; decisão pressiona ONU e aumenta peso político da causa palestina

Samuel Leão Samuel Leão -
Bandeiras palestinas simbolizam apoio ao reconhecimento internacional da Palestina
(Imagem: Gerada por IA/ Gemini)

O debate sobre a criação de um Estado palestino voltou com força ao cenário internacional. Nos últimos meses, potências históricas como Reino Unido e França anunciaram reconhecimento formal da Palestina, juntando-se a uma lista cada vez maior de países que apoiam a causa.

Canadá e Austrália também seguiram o mesmo caminho, ampliando o movimento que já conta com nações da América Latina, África, Ásia e Oriente Médio.

Hoje, segundo dados da ONU, 151 dos 193 países-membros já reconhecem a Palestina como Estado independente. Isso representa mais de três quartos da comunidade internacional.

Ainda assim, o veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança continua sendo o principal obstáculo para que a Palestina conquiste assento pleno na organização.

Israel cada vez mais isolado: Veja quais países reconhecem oficialmente o Estado Palestino

A definição de um Estado não depende de aprovação unânime. De acordo com a Convenção de Montevidéu, de 1933, basta cumprir critérios básicos: território definido, população permanente, governo representativo e capacidade de manter relações externas.

Apesar de não controlar integralmente suas fronteiras, por causa da ocupação israelense, a Palestina já atende a esses requisitos.

Por isso, muitos países passaram a tratar o território como Estado soberano, mesmo sem a chancela final da ONU.

Exemplos como Kosovo e Saara Ocidental reforçam esse ponto: ambos têm reconhecimento amplo, mas seguem fora das Nações Unidas por questões políticas.

Israel reage com críticas duras

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou abertamente a decisão de países que reconheceram a Palestina. Durante discurso na Assembleia Geral da ONU, classificou a medida como “antissemita” e disse que essas nações “terão vergonha no futuro”.

Ele também fez uma comparação polêmica: “Entregar um Estado aos palestinos a uma milha de Jerusalém após o 7 de outubro é como entregar à Al Qaeda um Estado a uma milha de Nova York após o 11 de setembro”, afirmou, em referência ao ataque terrorista do Hamas contra Israel em 2023.

Voz palestina na ONU

Na mesma Assembleia, o presidente palestino Mahmoud Abbas fez um pronunciamento virtual após ter a entrada nos EUA barrada pelo governo Trump. Ele destacou que não haverá paz duradoura enquanto a Palestina não for reconhecida como Estado:

“A Justiça só será feita quando houver um Estado da Palestina. Queremos deixar claro que o Hamas não representa nosso povo e não terá espaço em um eventual governo”.

O discurso reforçou a busca por legitimidade e deixou evidente a tentativa da liderança palestina de separar a causa nacional da atuação de grupos extremistas.

Estados Unidos cada vez mais isolados

Entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, quatro já reconheceram a Palestina: Rússia, China, França e Reino Unido.

Apenas os Estados Unidos mantêm oposição firme, o que isola não apenas Israel, mas também Washington no tabuleiro geopolítico.

Especialistas avaliam que esse cenário fortalece a diplomacia palestina, dá novo fôlego à causa e aumenta a pressão por negociações de paz.

Ao mesmo tempo, coloca Israel diante de um desafio crescente: lidar com uma comunidade internacional que, em sua maioria, já não questiona a legitimidade da Palestina como Estado.

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Samuel Leão

Samuel Leão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás, com passagens por veículos como Tribuna do Planalto e Diário do Estado. É mestrando em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado pela Universidade Estadual de Goiás. Passou pela coluna Rápidas. Atualmente, é repórter especial do Portal 6.

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