Mais barato, substituto do cimento tem ganhado espaço em construções por não fazer sujeira

Técnica moderna promete acelerar obras, reduzir desperdícios e gerar economia significativa na etapa de alvenaria

Magno Oliver Magno Oliver -
Mais barato, substituto do cimento tem ganhado espaço em construções por não fazer sujeira
(Imagem: Ilustração/Captura de tela/Youtube)

Na hora de construir, todo detalhe conta para aliviar o orçamento — e o cimento, insumo essencial, costuma pesar bastante.

Mas uma tecnologia vem mudando esse cenário: a argamassa polimérica, produto que substitui a mistura convencional no assentamento de tijolos e blocos, oferecendo rapidez, limpeza e economia.

Trata-se de uma massa adesiva pronta para uso, vendida em baldes ou bisnagas. Ela substitui a argamassa comum (cimento, cal, areia e água) apenas na função de unir os blocos para levantar paredes de vedação — aquelas que não têm função estrutural.

Segundo as fabricantes, o uso é regulamentado no Brasil pela norma ABNT NBR 16590, que garante segurança e qualidade.

Por que parece mais cara, mas sai mais em conta

À primeira vista, uma bisnaga de 3 kg, que custa entre R$ 20 e R$ 35, pode parecer mais cara que um saco de cimento.

A diferença está no rendimento: para assentar 2 m² de parede, seriam necessários 60 kg de argamassa convencional, contra apenas 3 kg da polimérica.

Além disso, o desperdício praticamente some, já que a aplicação é direta e precisa.

Ganho de produtividade

O maior impacto aparece na mão de obra. Como o produto já vem pronto e é aplicado rapidamente, um pedreiro pode triplicar sua produtividade.

Isso significa que o tempo para erguer todas as paredes de uma casa pode cair pela metade, reduzindo custos de forma imediata.

Exemplo prático

Em uma casa de 100 m², com cerca de 200 m² de paredes, o gasto com argamassa convencional (material + mão de obra) pode chegar a R$ 9 mil, segundo especialistas.

Com a polimérica, esse valor cai para cerca de R$ 6 mil — uma economia de até R$ 3 mil apenas na etapa de alvenaria. Em obras maiores, a redução pode chegar a dezenas de milhares de reais.

A tecnologia também corta despesas extras. Como dispensa betoneira, areia e grandes espaços de estocagem, a obra fica mais limpa, organizada e barata.

O tempo que seria gasto preparando a mistura vira tempo de produção, acelerando ainda mais o cronograma.

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Magno Oliver

Magno Oliver

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Escreve para o Portal 6 desde julho de 2023.

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