Companhia aérea anuncia que passageiros terão de pagar para poder reclinar o assento durante os voos
Nova política da WestJet transforma a reclinação em serviço pago e cria diferentes níveis de conforto dentro da classe econômica

Brasileiros que viajam para o exterior podem se surpreender com a nova política da companhia aérea canadense WestJet: quem quiser reclinar o assento durante o voo terá de pagar por isso.
A empresa anunciou nesta terça-feira (14) que os assentos da classe econômica tradicional deixarão de ter reclinação gratuita em suas aeronaves Boeing 737-8 MAX e 737-800.
Ao todo, 43 aviões receberão o novo layout, e o primeiro deles deve começar a operar ainda neste mês. A previsão é que toda a frota remodelada esteja pronta no início de 2026, segundo a companhia.
A WestJet explicou que a mudança faz parte de um redesign interno para “aumentar a sensação de espaço pessoal” e reduzir incômodos entre passageiros.
De acordo com a empresa, metade dos viajantes que testaram a nova configuração preferiram o encosto fixo, justamente por evitar que a poltrona da frente invada o espaço do outro.
Os assentos reclináveis agora estarão disponíveis apenas nas cabines Premium e Extended Comfort, duas novas categorias dentro da própria classe econômica.
Essas versões contarão com apoios de cabeça ajustáveis, almofadas ergonômicas e reclinação tradicional, inspiradas no design do modelo 787-9 Dreamliner.
Já os passageiros da classe econômica padrão não poderão reclinar, mas terão apoios de cabeça ajustáveis, tomadas individuais, suporte para celular e Wi-Fi gratuito — este último, um benefício para membros do programa WestJet Rewards.
Os banheiros e as cozinhas de bordo também passarão por modernizações, e o novo design de assentos ultrafinos permitirá incluir uma fileira extra, o que ajuda a reduzir o custo por assento e manter as tarifas mais baixas.
“A nova configuração da cabine foi desenvolvida para atender às diferentes preferências dos nossos clientes”, afirmou Samantha Taylor, vice-presidente executiva e diretora de experiência da WestJet, ao USA Today.
“Queremos oferecer opções tanto para quem prioriza conforto e espaço quanto para quem busca tarifas mais econômicas.”
Em comunicado, a empresa ressaltou que o objetivo é tornar as viagens mais acessíveis, mas sem abrir mão da personalização. “Manter preços baixos exige testar novas soluções e observar como elas são recebidas pelo público”, concluiu a nota.