Assim é o fundo do oceano que existiu há milhões de anos em Minas Gerais e tem vista surreal
Pesquisadores revelam que parte do norte de Minas já foi coberta por um mar extinto, cujos vestígios ainda podem ser vistos em formações rochosas impressionantes

Uma descoberta surpreendente feita por geólogos e paleontólogos revelou que Minas Gerais já foi, há milhões de anos, o fundo de um oceano. As evidências foram encontradas no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, uma das áreas mais preservadas e enigmáticas do Brasil, localizado no norte do estado.
A região, famosa por suas cavernas gigantes, paredões e paisagens cinematográficas, agora ganha ainda mais relevância científica ao revelar uma história que remonta ao período em que boa parte do território brasileiro estava submersa.
Formações rochosas revelam marcas deixadas pelo mar antigo
De acordo com os pesquisadores, diversos pontos do parque exibem estruturas geológicas típicas de ambientes marinhos. Entre elas estão:
– Camadas de calcário formadas pela sedimentação de organismos marinhos;
– Rochas com ondulações que lembram marcas de correntes oceânicas;
– Fósseis que indicam a presença de vida aquática, incluindo vestígios de Cloudina, um dos primeiros seres vivos com esqueleto mineralizado.
Essas formações, preservadas ao longo de milhões de anos, ajudam a reconstruir o cenário de um oceano raso que cobriu a região quando os continentes ainda se organizavam.
Paisagem atual impressiona pela grandiosidade e beleza natural
Hoje, o que um dia foi o fundo desse mar pré-histórico se transformou em uma das vistas mais surreais do Brasil.
As cavernas monumentais, como Janelão e Peruaçu, possuem salões que chegam a mais de 100 metros de altura e revelam esculturas naturais esculpidas pela água ao longo de eras.
Os paredões de calcário exibem tons que variam entre o branco, o cinza e o alaranjado, criando um visual que impressiona turistas, estudiosos e fotógrafos do mundo inteiro. Vista de dentro das cavernas, a luz que entra pelos vãos gigantescos cria um espetáculo natural difícil de encontrar em qualquer outro lugar.
Registros pré-históricos reforçam a importância científica da região
Além dos indícios do antigo oceano, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu também abriga pinturas rupestres com até 12 mil anos, o que faz do local um verdadeiro laboratório natural de história geológica e humana.
A combinação de fósseis, formações rochosas únicas e vestígios de civilizações antigas torna o Peruaçu uma das áreas mais completas para estudos de evolução ambiental e ocupação pré-histórica no Brasil.
Um destino imperdível para quem busca ciência, aventura e paisagens únicas
Com trilhas estruturadas, mirantes e cavernas de fácil acesso, o parque se tornou um dos destinos mais impressionantes de Minas Gerais. Além de revelar segredos de um oceano extinto, oferece uma experiência visual que poucos lugares no mundo conseguem proporcionar.
A descoberta reforça a importância da preservação do parque e valoriza ainda mais a região, que reúne biodiversidade, história ancestral e um patrimônio geológico capaz de contar capítulos inteiros da formação do planeta.
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