Marconi Perillo é alvo de nova operação da Polícia Federal

Ex-presidente da Agetop e atual coordenador da campanha de reeleição de José Eliton (PSDB) foi preso na força-tarefa

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -
Marconi Perillo é alvo de nova operação da Polícia Federal

Foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (28) a Operação Cash Delivery, da Polícia Federal, para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-governador de Goiás e candidato ao senado Marconi Perillo (PSDB).

Nesta mesma força-tarefa foi preso o coordenador da campanha de reeleição de José Eliton (PSDB), e ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jaime Rincon (PSDB).

Estão sendo cumpridos, ao todo, 14 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária, autorizados pela 11ª Vara de Justiça Federal em Goiás em Aparecida de Goiânia, Pirenópolis, Aruanã, além de Campinas (SP) e São Paulo (SP).

O principal foco da Cash Delivery é apurar repasses indevidos na ordem de R$ 12 milhões para agentes públicos em Goiás, a partir da delação de executivos da construtora Odebrecht.

Segundo a Polícia Federal, empresários e doleiros também estão sendo investigados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Conforme o jornal O Globo, a Polícia Federal descartou pedido de prisão contra o ex-governador devido às restrições que a legislação eleitoral impõe às vésperas do pleito.

Com a palavra a defesa do ex-governador Marconi Perillo

A busca e apreensão na residência do ex-governador há nove dias da eleição assume um caráter claramente eleitoreiro e demonstra um abuso por parte do Ministério Publico e do Poder Judiciário.

É, sem dúvida, uma clara interferência, indevida e perigosa, contra a a estabilidade democrática. Os fatos citados pelo delator, sem provas, se referem a questões antigas.

A falta de contemporaneidade, já decidiu várias vezes o Supremo Tribunal, é impeditivo de prisões e qualquer outra medida constritiva contra qualquer cidadão”.

Advogado de Marconi, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que não é verdade que o ex-governador tenha sido alvo de mandado de prisão decretado, mas confirma ter havido mandado de busca e apreensão, medida que, segundo ele, neste momento, seria “uma grave agressão” e uma “violência inexplicável ao estado democrático de direito.

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