Polícia Federal prende ex-governador Marconi Perillo

Medida decorre como desdobramento da Operação Cash Delivery, na qual o tucano está implicado juntamente com outras pessoas ligadas ao PSDB

Danilo Boaventura Danilo Boaventura -

Após prestar depoimento na sede da Polícia Federal em Goiânia, na tarde desta quarta-feira (10), o ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) foi preso.

A medida decorre como desdobramento da Operação Cash Delivery, na qual o tucano está implicado juntamente com outras pessoas ligadas a seu partido.

A prisão foi confirmada pelo advogado Antônio Carlos Almeida, o Kakay, que disse estar perplexo com o decreto concedido pela Justiça.

Veja a nota da defesa de Marconi na íntegra

A Defesa de Marconi Perillo, perplexa, vem registrar a completa indignação com o decreto de prisão na data de hoje. O Tribunal Regional da Primeira Região ja concedeu 2 liminares para determinar a liberdade de duas outras pessoas presas nessa mesma operação, através de decisões de 2 ilustres Desembargadores. O novo decreto de prisão é praticamente um “copia e cola” de outra decisão de prisão já revogada por determinação do TRF 1. Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex Governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento. Na visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados. A Defesa acredita no Poder Judiciário e reitera que uma prisão por fatos supostamente ocorridos em 2010 e 2014, na palavra isolada dos delatores, afronta pacífica jurisprudência do Supremo, que não admite prisão por fatos que não tenham comtemporaneidade. Marconi Perillo recebeu o decreto de prisão quando estava iniciando o seu depoimento no departamento de Polícia Federal e optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento dos fatos.

Em tempo

O principal foco da Cash Delivery é apurar repasses indevidos na ordem de R$ 12 milhões para agentes públicos em Goiás, a partir da delação de executivos da construtora Odebrecht.

Segundo a Polícia Federal, empresários e doleiros também estão sendo investigados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

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