Por dívida milionária, Hospital Evangélico ameaça fechar leitos de UTI pelo SUS
Problema pode prejudicar diretamente pacientes oncológicos, neurológicos e de cirurgias cardíacas
Os pacientes que precisarem de internação em uma Unidade de Terapia Intesiva (UTI) poderão, em pouco tempo, não contar mais com o Hospital Evangélico Goiano (HEG).
Considerado um dos hospitais mais antigos de Goiás, o HEG está ameaçando desativar os leitos reservados aos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Caso a situação se concretize, os mais afetados deverão ser aqueles que passam por tratamentos oncológicos, de cirurgias cardíacas e neurológicos.
Em nota, a unidade justificou que está enfrentando uma situação “inaceitável”, pois “já são 15 meses sem as devidas transferências de recursos por parte do Estado de Goiás”, resultando em um débito de R$1,5 milhão.
Mesmo sem uma data definida para a desativação, a direção do hospital tem expectativa que ” haja sensibilidade por parte do governo estadual e que este regularize em breve os débitos que têm com a instituição para que os serviços se tornem sustentáveis”.
A reportagem do Portal 6 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para saber quais providências serão tomadas para evitar o fechamento dos leitos, mas até o momento não obteve retorno.
Veja a nota do Hospital Evangélico Goiano na íntegra
A direção do Hospital Evangélico Goiano vem, ao longo dos últimos anos, mantendo o funcionamento dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva pactuados com o Estado de Goiás por meio do Sistema Único de Saúde. Apesar dos baixos valores de tabela repassados para a instituição, o corpo diretivo decidiu manter os serviços, que beneficiam principalmente pacientes oncológicos, de cirurgia cardíaca e neurológicos. Todos os esforços estão sendo feitos para manter os atendimentos SUS em UTI, mas a falta de repasses ao HEG pelo governo do Estado poderá levar à desativação dos leitos voltados a pacientes que buscam este tipo de atendimento. Já são 15 meses sem as devidas transferências de recursos por parte do Estado de Goiás, o que é inaceitável. A direção espera que haja sensibilidade por parte do governo estadual e que este regularize em breve os débitos que têm com a instituição para que os serviços se tornem sustentáveis. O HEG estará sempre aberto para atender à comunidade, 24 horas por dia, assim como tem feito em seus 93 anos de existência. Entretanto, com o aumentos dos custos da saúde no Brasil e sem o apoio do poder executivo goiano, a direção poderá se ver obrigada a desativar os leitos de UTI para pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde.