“É porque podem pagar”, diz promotora sobre pais a favor de taxas em colégios militares de Anápolis

MP-GO sustenta que há denúncias de que estudantes teriam sido convidados a se retirar por falta de pagamento e pais constrangidos por delatarem a situação

Rafaella Soares Rafaella Soares -
CEPMG Arlindo Costa, em Anápolis. (Foto: Divulgação)

Após um protesto organizado por pais de estudantes dos colégios militares de Anápolis a favor do pagamento de taxas e contrária a ação do Ministério Público (MP), o órgão voltou a se pronunciar sobre o assunto.

Em entrevista ao radialista Marcelo Santos, da Manchester FM, a promotora de Justiça Carla Brant afirmou que está tranquila com o movimento, pois “faz parte do ofício” e é comum ações assim possuírem opiniões contrárias.

“Aqueles que estão contrários [à ação do MP] é porque podem pagar e por isso acham que todos têm que pagar. E não é bem assim, a Constituição Federal é para todos e o direito da educação é de todos. Então não podemos, através dessa questão, fazer uma diferenciação dos pais que podem ou não podem pagar”, disse.

De acordo com a promotora, existem denuncias de que algumas pessoas estariam sendo convidados a se retirar das unidades por não pagarem as taxas mensais e outras sendo constrangidas por terem comunicado a situação ao MP.

“Há até um comentário na internet que se não pode pagar vai para outra escola, mas não é assim. Nós não podemos trabalhar com esse tipo de conduta. Então como muita tranquilidade estou fazendo meu ofício. Caso contrário estaria prevaricando, pois recebo as denúncias e tenho que apurar e tomar as decisões. Contrarie ou não, é a Lei e temos que cumprir a Lei e a Constituição Federal”, afirmou.

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