Para sobreviver durante parto, mulher com síndrome rara precisou receber mais de 530 bolsas de sangue
“Não sou uma gata de sete vidas, sou uma onça. Lutei pela minha vida e meu filho lutou pela vida dele", afirmou a mais nova mamãe
Uma história rara e de muita superação está ganhando as redes sociais nesta quinta-feira (16). Se trata de uma auxiliar administrativa, de 35 anos, que precisou receber 531 bolsas de sangue durante um parto para sobreviver.
O caso aconteceu há dois meses, mas somente agora é que se tornou público. Thais Cristina de Sousa, moradora de Belém, no Pará, estava grávida de sete meses quando precisou passar por uma cesariana de emergência.
De acordo com o G1, a mulher sofre de uma síndrome rara e grave conhecida como Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT), que forma coágulos de sangue pelo corpo e pode bloquear o fluxo sanguíneo para os principais órgãos.
E foi justamente por causa da enfermidade que ela precisou de uma transfusão tão grande, maior inclusive que a média feita no período de um mês na Santa Casa de Misericórdia do Pará, onde a paciente ficou internada.
“Era uma situação clínica delicada. Havia risco de perda gestacional, risco de morte para a gestante e risco de agudização com sequelas para ambos”, explicou o médico Daniel Lima, ao G1.
Depois de ganhar o pequeno Saulo, que precisou de cuidados por ser prematuro, Thais teve de ser levada para a UTI e ainda enfrentou várias outras complicações, como hipertensão , infecção e uma nova cirurgia para controlar uma hemorragia interna.
Ao todo, a auxiliar administrativa ficou 45 dias no hospital, sendo 30 em estado gravíssimo. Neste período, ainda precisou tomar quatro doses de um medicamente que chega a custa R$ 12 mil cada.
Apesar de todas as dificuldades, ela conseguiu se recuperar e pôde voltar para casa para aproveitar o filhinho.
“Não sou uma gata de sete vidas, sou uma onça. Lutei pela minha vida e meu filho lutou pela vida dele. Tivemos muita ajuda para vencer. Obrigada, Deus. Obrigada a quem doa sangue”, disse.