Deputado goiano quer proibir atletas transexuais em eventos esportivos vinculados ao estado
Projeto também quer obrigar organizadores de eventos a assinarem documento para garantir a exclusão desse segmento dos torneios
Deputado pelo PROS, Cairo Salim protocolou recentemente um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para proibir que atletas transexuais disputem competições “próprias do sexo biológico oposto”.
Ou seja, atletas que se identifiquem como transexual ficariam impedidos de participar de qualquer evento esportivo que esteja vinculado ou receba patrocínio do Estado de Goiás.
O texto do parlamentar define atleta transexual como “pessoa que, inconformada com o sexo biológico ao qual pertence, opta pela alteração cirúrgica do corpo a fim de emular o sexo biológico oposto ao seu e/ou pela alteração do registro civil para fazer constar nome comum ao sexo biológico oposto ao do seu nascimento”.
Além disso, os organizadores de eventos esportivos teriam que assinar um documento informando que não há nenhum atleta transexual registrado em nenhuma modalidade.
A lei, caso aprovada, ainda excluiria bolsas de atletismo fornecidas pelo Estado para esportistas que se encaixam neste perfil.
Ao justificar a iniciativa, Cairo aponta que “a tão falada e desastrosa ideologia de gênero” estaria “gerando um número gigantesco de absurdos” ao permitir que as pessoas tenham liberdade para se identificar com um gênero diferente ao qual nasceu.
A proposta seria uma forma de combater “injustiças” geradas ao permitir que atletas transexuais – como a jogadora de vôlei feminino Tifanny Abreu, citada no documento – participem de modalidades do sexo oposto ao do nascimento.