Reino Unido e Áustria avaliam multas altíssimas para quem não usar máscaras e não se vacinar

Obrigatoriedade passou a valer nesta terça-feira (30), para todos a partir dos 12 anos de idade, a não ser que haja motivos médicos ou profissionais que impeçam o uso da máscara

Folhapress Folhapress -
Reino Unido e Áustria avaliam multas altíssimas para quem não usar máscaras e não se vacinar
Vacinação drive-thru contra a covid-19 no Parque da Cidade, em Brasília (Foto: Agência Brasil)

BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) – Pressionados para controlar a disseminação da Covid e da nova variante ômicron, governos europeus começaram a recorrer a multas altas para tentar dobrar a resistência dos que se recusam a seguir as restrições.

Na Inglaterra, que tornou obrigatório o uso de máscaras no transporte público e locais fechados –como lojas, bancos, correios, shopping centers, cabeleireiros, farmácias e consultórios–, a multa por desrespeito começa em 200 libras (R$ 1.500) e pode chegar a 6.400 libras (R$ 47.800).

A obrigatoriedade passou a valer às 4h desta terça-feira (30), para todos a partir dos 12 anos de idade, a não ser que haja motivos médicos ou profissionais que impeçam o uso da máscara. A proteção não é compulsória em bares, restaurantes e hotéis.

Segundo o premiê britânico, Boris Johnson, que tem defendido o menor grau possível de restrições, as medidas são necessárias para “ganhar tempo” até que os cientistas descubram se a nova variante é mais perigosa que as anteriores.

“Se descobrirmos que esta variante não é mais perigosa do que a variante delta, então não manteremos as medidas em vigor por um dia a mais do que o necessário”, afirmou Sajid Javid, secretário de Saúde do Reino Unido (o equivalente a ministro).

Na Áustria, que pretende tomar a vacinação obrigatória a partir de fevereiro, a multa para quem não tomar o imunizante pode chegar a 7.200 euros (R$ 46 mil).

Antes mesmo do sequenciamento da ômicron, o país havia decretado confinamento no dia 22 de novembro, para conter o crescimento no contágio da Covid, o aumento de internações hospitalares e a superlotação de UTIs.

O país tem tido dificuldades para ampliar a porcentagem de residentes vacinados, estacionada em cerca de 65%, considerada insuficiente para barrar a transmissão do patógeno. Manifestantes contra a imunização têm feito protestos frequentes.

Segundo a imprensa austríaca, o projeto de lei que torna obrigatória a vacinação para todos, a não ser por impossibilidade médica, será apresentado na próxima semana.

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