Homem receberá mais de R$ 2 milhões em indenização após recusar surpresa de aniversário

Ele havia avisado aos colegas do trabalho que não queria homenagens, mas foi ignorado e sofreu consequências injustas

Gabriella Licia Gabriella Licia -
Homem receberá mais de R$ 2 milhões em indenização após recusar surpresa de aniversário
(Foto: Reprodução)

Um estadunidense foi indenizado com US$ 450 mil, cerca de R$ 2,1 milhões, após afirmar que não queria festas de aniversário surpresa e receber uma durante o horário de almoço na empresa em que ele trabalhava.

Kevin Berling vive em Kentucky, nos Estados Unidos, e sofre fortemente com problemas de ansiedade. Em 2019, o homem alertou aos colegas e superiores que detestaria receber uma surpresa.

No entanto, os amigos não entenderam bem o aviso e realizaram uma festa para o trabalhador. De imediato, o rapaz teve uma crise de ansiedade forte e saiu do estabelecimento.

Apesar da boa vontade de todos os envolvidos, a situação despertou alguns gatilhos da infância do homem, que ficou extremamente abalado.

No dia seguinte, houve uma grande briga e ele acabou sendo demitido por ter sido ‘grosseiro’ com os parceiros e ingrato. Isso pôde contribuir para um segundo ataque de pânico.

Procura pela justiça

Inconformado com a falta de empatia e a demissão injusta, Kevin procurou um advogado e entrou com uma ação judicial contra a empresa que trabalhava.

A vítima alegou que foi discriminado por causa do problema de ansiedade que enfrenta e que foi dispensado injustamente, por ter pedido que o respeitassem.

A companhia garante que não cometeu nenhuma irregularidade e que, inclusive, as vítimas verdadeiras eram os trabalhadores que se dispuseram a comemorar a data com Kevin.

No entanto, após dois dias de julgamento, no final de março deste ano, o tribunal considerou que a empresa era culpada e tinha de indenizar o trabalhador em US$ 450 mil, sendo US$ 300 mil por danos emocionais e US$ 150 mil pelos salários perdidos.

O advogado de Kevin ainda fez questão de enfatizar que ‘afirmar que pessoas com problemas de saúde mental são perigosas sem qualquer evidência de comportamento violento é totalmente discriminatório’.

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