“PSOL não dá cheque em branco”, diz Manu Jacob sobre apoio do partido ao ex-presidente Lula

Buscando candidatura ao Senado por Goiás, Manu também avaliou construção de chapa com outros partidos

Emilly Viana Emilly Viana -
Manu Jacob (PSOL) foi sabatina pelo Portal 6 nesta quinta-feira (07). (Foto: Reprodução / Portal 6)“PSOL não dá cheque em branco”, diz Manu Jacob sobre apoio do partido ao ex-presidente Lula
Manu Jacob (PSOL) foi sabatina pelo Portal 6 nesta quinta-feira (07). (Foto: Reprodução / Portal 6)

A pré-candidata ao Senado pelo PSOL, Manu Jacob, declarou que o partido dará palanque ao ex-presidente Lula em Goiás, porém o suporte não é um cheque em branco.

“Nós estamos construindo a candidatura e apresentamos um programa, mas o PSOL não dá cheque em branco. Não é um apoio crítico, é apoio para conceber um país diferente deste que estamos”, enfatiza.

Em sabatina realizada pelo Portal 6 com os postulantes aos cargos majoritários no estado, Manu Jacob pontuou quais foram os parâmetros para o ingresso do partido à campanha de Lula. “Nós não temos uma figura que aglutina ou que tenha história como ele. Esteve à frente das pesquisas, em alguns cenários com vitória em primeiro turno, antes mesmo de o Alckmin estar junto”, ressalta.

Segundo a pré-candidata, o PSOL é crítico a Geraldo Alckmin, do PSB, mas seguirá na campanha do ex-presidente. “Temos todas as críticas ao Alckmin, sobretudo quanto à gestão que ele fez em São Paulo, mas para a gente tirar o Brasil do fundamentalismo religioso e dos traços fascistas deste governo, estaremos com os dois”, arremata.

No estado, a sigla de Manu optou por compor uma frente de esquerda em vez de ampla, como no cenário nacional. “Em Goiás, alguns dos partidos da aliança agregam setores da base do Bolsonaro, e nós temos construído uma postura radicalmente contrária à política de direita e extrema-direita”, reitera a pré-candidata.

Uma aliança com PT no cenário local ainda está em avaliação. “Com o martelo batido na candidatura de Wolmir Amado para governador, estamos em diálogo. Nossa condição era não seguir ao lado de figuras como Marconi Perillo e José Eliton”, expõe.

A definição, contudo, ainda não tem data para sair. “Deve acontece aos 45 do segundo tempo. Porém, mesmo que não saia a candidatura majoritária, a unidade pela esquerda vai continuar já que a nossa militância não ocorre somente em ano de eleição”, garante Manu.

A pré-candidata ainda criticou o que considera “política eleitoreira” por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Veja a medida de baixar o ICMS dos combustíveis. Um presidente que tem compromisso de fato com a população não faz uma proposta com dia e hora para acabar”, opina.

Ela destaca que, mesmo com ressalvas, Lula teve melhor desempenho na gestão do país. “O governo dele foi anos-luz melhor em relação a várias questões, como o preço da gasolina, poder de compra e qualidade de vida do trabalhador”, afirma.

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