Na Venezuela, ONG registra 215 ataques a ativistas de direitos humanos em 2021
Organização foi criada para atender às vítimas do que ficou conhecido como "El Caracazo", protestos que deixaram dezenas de mortos em 1989
A ONG venezuelana Cofavic registrou, entre janeiro e dezembro de 2021, 215 ataques contra ativistas de direitos humanos no país, que incluem prisões arbitrárias e invasões.
“Os ataques consistem em prisões arbitrárias, violações do devido processo legal, uso da justiça para perseguições, atos de criminalização através da mídia estatal e incursões”, disse à agência de notícias AFP Liliana Ortega, diretora da organização. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (13).
A ONG foi criada para atender às vítimas do que ficou conhecido como “El Caracazo”, protestos que deixaram dezenas de mortos em 1989. Ortega fala em uma política “sistemática” de “impedir, enfraquecer, inibir e, em última análise, eliminar as capacidades das ONGs e dos defensores dos direitos humanos” na Venezuela.
A diretora da organização participou de uma cerimônia na sede da UE (União Europeia) na Venezuela.
Durante o evento –liderado por Rafael Dochao, chefe da delegação do bloco europeu em Caracas– foi apresentado um projeto com o objetivo de promover a proteção dos defensores dos direitos humanos no país.
A ideia é que o projeto, que terminará em janeiro de 2025, beneficie cerca de 2 mil ativistas e 200 organizações sociais, informou a UE em um comunicado.