A lição dada pela jovem herdeira que decidiu não aceitar a fortuna da família

“Não fiz nada para merecer”, afirmou, dizendo que tanto dinheiro a faria infeliz

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Marlene Engelhorn. (Foto: Reprodução)

A jovem Marlene Engelhorn, de 30 anos, surpreendeu a todos após dar uma lição daquelas ao rejeitar 90% de uma herança estimada em R$ 21,9 bilhões (€ 4,2 bilhões). 

A menina é estudante de literatura, em Viena, e descendente de um dos fundadores da empresa alemã Basf – que é líder mundial na área química.

De acordo com ela, a recusa sobre o recebimento do dinheiro veio por acreditar que a renda oferecida não a deixaria feliz, já que ela não fez nada para obter a fortuna. 

“Quando o anúncio foi feito, eu percebi que não poderia ser realmente feliz. Pensei comigo mesma: Algo está errado”, disse em entrevista ao jornal austríaco Der Standard.

Vale ressaltar que a mulher faz parte da organização Milionários Pela Humanidade, grupo que defende que pessoas ricas sejam taxadas da mesma maneira que aqueles de baixa renda.

O anúncio da jovem veio à tona após a avó, Traudl Engelhorn-Vechiatto, de 95 anos, proprietária da Basf, manifestar a intenção de deixar a herança para a neta quando falecer.

Ao ser questionada sobre o que a idosa pensou ao saber da recusa, a jovem afirmou que recebeu total liberdade da familiar para fazer o que quiser em relação a herança. 

“Essa não é uma questão de querer, mas uma questão de justiça. Eu não fiz nada para receber esta herança. Foi pura sorte na loteria do nascimento. Uma coincidência”, explicou ao canal austríaco ORF2. 

Durante a entrevista, a jovem ainda deu uma alfinetada aos “super ricos” afirmando que algumas ações praticadas por eles são prática do “neofeudalismo” disfarçadas de caridade. 

“A sociedade não tem que contar com o fato de que os milionários vão ser benevolentes. Troco ideias com outras pessoas, aprendendo o máximo que eu posso para ver o que funciona e o que não funciona. Para mim, o comprometimento com a justiça de impostos é muito importante, porque isso é que determina como a riqueza vai ser distribuída”, disse

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