7% das crianças que nascem em Anápolis não possuem o nome do pai no registro

Dos 42.088 nascimentos registrados na cidade de 2016 até 2022, 3.041 não contam com o registro do genitor

Isabella Valverde Isabella Valverde -
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Certidão de nascimento. (Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

7% dos bebês que nasceram em Anápolis entre 2016 e 2022 não possuem o nome do pai no registro de nascimento, segundo consta no Portal da Transparência, do Registro Civil.

Levantamento realizado pelo Portal 6 na plataforma, na tarde desta sexta-feira (23), identificou que dos 42. 088 nascimentos da cidade, 3.041 não contam com o registro do genitor.

Mesmo com milhares de nascimentos, os dados presentes no Registro Civil, que avaliam registros realizados em cartórios da cidade, apontam que apenas 22 pais reconheceram a paternidade durante o período de tempo analisado.

Segundo a psicóloga Lara Prado, a ausência paterna prolongada pode acarretar diversos problemas futuros na vida da criança.

“A situação familiar de ausência paterna prolongada, física ou afetiva, pode se tornar um fator de risco em diversos aspectos do desenvolvimento da criança, prologando tais fatores para a adolescência, tanto em meninos quanto meninas”, afirmou.

“Podem ocorrer manifestações de comportamento delinquentes, porte de arma e embriaguez, dificuldades no contexto escolar além de amadurecimento físico precoce, maior probabilidade de uso de drogas e alto índice de obesidade”, completou.

A especialista ainda destaca que os problemas não ocorrem somente com aqueles que são ausentes, podendo acontecer também com os pais que são distantes ou agem de forma autoritária com os filhos.

“Pais ausentes, muito autoritários ou distantes podem favorecer o aparecimento de problemas de personalidade e dificuldades do adolescente na interação com seus pares”, frisou.

Em Goiás

Levando em consideração todo o estado de Goiás, de 545.552 nascimentos, 30.198 dos bebês não contam com o nome do genitor no registro, representando 5%.

Deste total de nascimentos, 3.448 das crianças tiveram o reconhecimento da paternidade.

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