Mourão e Alckmin têm primeiro encontro presencial após eleição e discutem Vice-Presidência

Reunião acontece em meio a uma tentativa da equipe de Lula de acelerar a indicação de um novo ministro da Defesa

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Mourão e Alckmin têm primeiro encontro presencial após eleição e discutem Vice-Presidência
(Foto: Zanone Fraissat//Folhapress)

JOSÉ MARQUES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O vice-presidente Hamilton Mourão e o seu sucessor no cargo, Geraldo Alckmin, se reuniram nesta terça-feira (29) sob a justificativa de conversar sobre a estrutura e os cargos a que a Vice-Presidência tem direito.

Essa foi a primeira reunião presencial de Alckmin e Mourão após as eleições, e aconteceu no Palácio do Planalto. Eles já tinham se falado por telefone.

A reunião acontece em meio a uma tentativa de a equipe de transição de Lula (PT) acelerar a indicação de um novo ministro da Defesa para evitar uma crise militar logo no início do seu governo.

Mourão, que é general de reserva do Exército, disse que o assunto tratado na conversa foram apenas os cargos da pasta, as atribuições e também o funcionamento do Conselho da Amazônia.

O conselho é a estrutura que coordena as ações de preservação no bioma e que, atualmente, é chefiada pelo vice-presidente.

“Ele [Alckmin] me ligou ontem, pediu para tomar um café. Eu projetei para ele qual é a nossa estrutura, quais são as atribuições, quais são as assessorias que ele tem livre provimento, porque outras são designadas pelo Itamaraty”, afirmou Mourão.

A conversa entre os dois durou aproximadamente 40 minutos, segundo a assessoria da Vice-Presidência.

O vice-presidente disse ainda que a esposa de Alckmin, Lu Alckmin, já visitou o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, para onde ela se mudará em janeiro.

Mourão, nas últimas semanas, cumpriu as tarefas do dia a dia no lugar do presidente Jair Bolsonaro (PL), que passou a maior parte do tempo recluso no Palácio da Alvorada.

No último dia 16, por exemplo, foi Mourão quem recebeu cartas credenciais de embaixadores estrangeiros que irão atuar no Brasil.

No início do governo, Bolsonaro fez cerimônias abertas para receber os diplomatas de outros países. Depois, passou a fazer solenidades fechadas e, após a derrota, nem sequer participou do ato que marca oficialmente o início da missão dos embaixadores no Brasil.

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