Estado não deve subsidiar transporte coletivo em Anápolis: “Não teria como arcar”

Auxílio estadual é pleito antigo da Prefeitura e volta à tona num momento que se discute aumento da tarifa

Rafael Tomazeti Rafael Tomazeti -
Ronaldo Caiado e Roberto Naves em evento em Anápolis. (Foto: Júnior Guimarães)

O governador Ronaldo Caiado (UB) sinalizou que o Governo de Goiás não deve atender o pleito da Prefeitura de Anápolis para subsidiar parte do transporte coletivo do município.

A ideia tem sido levantada pelo prefeito Roberto Naves (PP) desde 2020, quando ele cogitou pedir isenção do ICMS que incide sobre diesel e borracha fornecida à Urban.

A pauta volta à tona num momento em que, sem subsídios, a Agência Reguladora Municipal (ARM) calcula que a passagem pode subir a R$ 6,71 em 2023.

Em Goiânia, o Estado cobre parte do valor da tarifa, que está congelada em R$ 4,30 pelo terceiro ano consecutivo. Caiado, contudo, diz que estender este benefício a Anápolis é inviável.

“O Estado não teria como arcar com todos os municípios de Goiás que têm transporte coletivo urbano. Não se trata de uma região metropolitana, é de um município. Não é fácil absorver o transporte de todas as cidades”, disse.

O governador alegou que o Governo de Goiás tem obrigação de investir no transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia, uma vez que administra, por exemplo, o Eixo Anhanguera.

“A região metropolitana, desde o início, o estado tem participação por ter lá uma empresa, a Metrobus. Goiás entra com essa parcela”, argumentou.

Questionado sobre a possibilidade de ampliar a desoneração do ICMS sobre diesel e borracha para a Urban, Caiado foi breve: “O diesel já está [com ICMS] em 14%”.

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