Ex-jogador Roy Keane diz que dancinhas de brasileiros são desrespeitosas
Após o jogo, Lucas Paquetá e Raphinha defenderam a seleção das críticas do irlandês
LUCIANO TRINDADE E ALEX SABINO
DOHA, QATAR (FOLHAPRESS) – As comemorações dos jogadores brasileiros após os gols da vitória por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, nesta segunda-feira (5), não agradaram a Roy Keane, 51, ex-volante, hoje técnico. Na Copa do Mundo, ele está trabalhando na britânica ITV.
O irlandês, que atuou grande parte de sua carreira no Manchester United, acusou os brasileiros de ser “desrespeitosos” com os adversários, que, segundo ele, eram grandes azarões nas oitavas de final.
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“Não gosto disso”, afirmou, antes de acrescentar: “Acho que é desrespeitar os rivais”.
“São quatro [gols], e eles estão fazendo isso o tempo todo. Eu não me importo com o primeiro tipo de ginga -o que quer que eles estejam fazendo- mas eles ainda estão fazendo isso, depois fazem de novo, e então o técnico se envolve. Não estou feliz com isso, não acho nada bom.”
Em relação ao desempenho da seleção, Keane se rendeu ao futebol de Neymar e companhia.
“Não acredito no que estou vendo, sério”, disse ele. “Brilhante, brilhante o Brasil, início de jogo fantástico. Mas nunca vi tanta dança. É como assistir Strictly [tipo de Dança dos Famosos]! Não posso acreditar no que estou assistindo, eu realmente não posso.”
Em contraposição às críticas de Keane, outra comentarista da ITV, a ex-jogadora inglesa Eni Aluko, foi só elogios às coreografias brasileiras: “Adorei, é como se estivéssemos em uma festa brasileira. É por isso que o Brasil é favorito, mas a Coreia do Sul facilitou.”
Na zona mista do estádio 974, onde os jogadores falam com os jornalistas, Lucas Paquetá e Raphinha defenderam a seleção das críticas de Keane.
“A dança simboliza a alegria de marcar o gol. A gente não faz para desrespeitar, não vai na frente de adversário, não faz nada. Todos estão ali, e a gente comemora, é o nosso momento. Se ele não gosta, não temos muito o que fazer para ele”, declarou Paquetá.
“Se a gente fizer gol, vai continuar comemorando. É um grupo que está feliz em fazer o gol, está alegre em conquistar a vitória, o objetivo. Então, cada um comemora do seu jeito. A única coisa que ele tem de fazer é respeitar”, completou.
Raphinha foi mais direto.
“O problema é de quem não gosta, porque a gente vai continuar fazendo.”






